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Eli Thorne and Reece Scott fuck

O silêncio da livraria «O Velho Carvalho» era um tipo especial de quietude, perfumado com papel antigo e madeira encerada. Eli Thorne era o guardião daquele reino, um homem cujos gestos eram tão meticulosos quanto a caligrafia nos livros de contabilidade. Ele organizava existências alheias nas prateleiras, um bibliotecário que preferia a companhia ordenada das histórias à imprevisibilidade das pessoas.

Tudo mudou numa terça-feira chuvosa, quando a porta badalou e Reece Scott entrou, trazendo consigo o caos e o cheiro da tempestade. Reece era um arquiteto, mas sua verdadeira arte era a de viver em alta velocidade. Trazia projetos sob o braço, a energia de uma cidade inteira na sua postura e um sorriso fácil que desarrumava a poeira dos livros mais esquecidos.

Ele procurava um livro obscuro sobre a arquitetura de bibliotecas antigas. Eli, com seu conhecimento enciclopédico, localizou-o num piscar de olhos, mas foi a pergunta que se seguiu que desmontou sua rotina: “E onde fica a seção de livros que mudam vidas?”

Os encontros tornaram-se regulares. Reece voltava, sempre com uma nova pergunta impossível ou uma observação que fazia Eli suspender sua leitura. Eli, inicialmente exasperado, descobria-se a antecipar aquelas invasões. Ele, que sempre achara conforto na lógica das narrativas lineares, via-se intrigado pela forma desordenada e brilhante como Reece via o mundo.

A ponte entre eles foi construída página por página. Reece trouxe café forte de um lugar novo da cidade; Eli, em retribuição, recomendou-lhe um romance esquecido do século XIX que, misteriosamente, falava diretamente ao coração do arquiteto. Reece falava de linhas, ângulos e da beleza de criar algo do zero; Eli descrevia o prazer de preservar, de cuidar, de dar um lar a histórias que o mundo esquecera. Descobriram que, por trás da confiança de Reece, havia um medo profundo de nunca construir nada que realmente importasse. E por trás da reserva de Eli, uma solidão tão vasta quanto as estantes mais altas da sua livraria.

O amor não foi um romance de capa brilhante. Foi uma história que se escreveu a lápis, nas margens dos seus dias. Estava no modo como Eli começou a guardar artigos sobre arquitetura que encontrava por acaso. Estava no jeito como Reece, num gesto silencioso, consertou a prateleira trincada que Eli insistia em ignorar.

Uma noite, com a livraria fechada e a cidade adormecida lá fora, Reece olhou para as pilhas de livros ao seu redor e disse, sua voz mais suave do que o habitual:

“O projeto do novo arranha-céu está quase finalizado. Vão me transferir para a costa leste para supervisionar a construção.”

Eli não olhou para os livros. Olhou para Reece. Viu, não a ambição de um construtor, mas a mesma hesitação que ele sentia ao imaginar a livraria vazia, sem a energia daquela presença.

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