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Sancho Chapin fucks Rock Biggs

Sancho Chapin era um homem de raízes, cujas mãos conheciam a linguagem secreta da terra. Ele cuidava de uma pequena vinha nos contrafortes de uma montanha, onde as uvas absorviam o sabor do vento e o sol era um parceiro de dança diário. Sua vida era um ritmo previsível e solene, como o badalar do sino da igreja na vila abaixo. Até que o mundo desceu do céu e aterrissou no campo ao lado.

O mundo chamava-se Rock Biggs.

Rock era o piloto de uma nave de carga interestelar, um nômade com o pó de estrelas preso nas costuras de seu sobretudo tecnológico. Sua nave, *A Andarilha*, sofrera uma avaria no motor de dobra e ele fora forçado a fazer um pouso de emergência no planeta verde e sereno que Sancho chamava de casa.

Dois universos colidiram naquele campo de pouso improvisado. Sancho, com suas botas enlameadas e um cântaro de água, aproximou-se do estranho artefato de metal. A escotilha abriu-se e desceu Rock, de olhos wide com a paisagem intocada, um contraste gritante com os corredores esterilizados e as telas holográficas que ele chamava de lar.

Nos dias que se seguiram, enquanto Rock aguardava a peça de reposição que uma nave de socorro traria, os dois homens descobriram que as distâncias mais vastas não são as que separam as estrelas, mas as que existem entre duas almas. E, no entanto, elas podem ser transpostas.

Sancho ensinou a Rock o prazer silencioso de sentir o calor do sol na nuca, o sabor acre de uma azeitona recém-colhida, a paciência de observar uma videira crescer. Mostrou-lhe que existia uma música na terra, diferente do zumbido constante dos reatores. Rock, por sua vez, contou sobre nebulosas que eram berçários de sóis, sobre o silêncio absoluto do vácuo e a beleza fria e terrível de um buraco negro. Falou de solidão, daquele tipo que não é curado pela companhia de outros tripulantes, mas pela falta de um lugar para chamar de seu.

Eles não falavam a mesma língua no início, dependendo de um tradutor portátil de Rock. Mas logo aprenderam a se comunicar com os olhos, com gestos, com a oferta silenciosa de uma taça de vinho caseiro ao entardecer.

O amor não chegou como um furacão, mas como o orvalho da manhã: silencioso, suave, e transformando tudo ao tocar. Nasceu no modo como Sancho lembrava de deixar o café quente para Rock, que sempre acordava com o frio do espaço nos ossos. Cresceu no jeito como Rock começou a ajudar nas tarefas da vinha, suas mãos de piloto, acostumadas a controles sensíveis, aprendendo a força certa para podar um galho sem machucá-lo.

Uma noite, sob um céu pontilhado de estrelas que para um eram poesia e para o outro, estradas, Rock apontou para um ponto de luz quase imperceptível.

“É um posto avançado da Aliança Mercante”, disse ele, sua voz um sussurro no crepúsculo. “A peça chega amanhã. Posso… Posso ir embora.”

Sancho não olhou para o céu. Olhou para o rosto de Rock, iluminado pela luz prateada das luas gêmeas. Viu não a empolgação de um viajante prestes a retomar sua jornada, mas a mesma quietude que ele sentia ao olhar para o horizonte da sua vinha, ano após ano.

“Um homem pode passar a vida inteira procurando seu lugar no universo”, disse Sancho, sua voz grave como o roçar das folhas de videira. “E às vezes, ele aterriza nele por acidente.”

Rock pegou a mão de Sancho, a pele áspera do lavrador contra a palma lisa do piloto. Era o aperto de mão de dois mundos, de duas vidas.

“A *Andarilha* pode voar para qualquer lugar”, sussurrou Rock. “Mas um lar… um lar só existe em um lugar.”

A nave de socorro chegou, deixou a peça e partiu. *A Andarilha* foi consertada, seus motores ressoaram mais uma vez, prontos para rasgar o tecido do espaço-tempo.

Mas na encosta da montanha, uma videira nova foi plantada ao lado da cabana de Sancho. E dentro da cabana, pendurado ao lado de um velho chapéu de lavrador, está um sobretudo tecnológico com o pó de estrelas nas costuras.

Rock Biggs descobriu que as maiores aventuras não estão em mapear nebulosas, mas em aprender o nome de cada videira. E Sancho Chapin percebeu que o universo não era mais um conceito vasto e distante; era o homem que, todas as noites, deitava ao seu lado, trazendo o cheiro do espaço e a promessa do amanhã, enraizado em seu pedaço de terra, sob um céu que agora era infinitamente familiar.

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