Vem me foder vem safadinho – KeionTheTop e Khaos Leon

Keion carregava o apelido “TheTop” como uma profecia auto-realizada. Sua vida era uma planilha de Excel aberta, um calendário sincronizado e metas de cinco anos. Como analista financeiro, sua mente era um templo de lógica e previsibilidade. Cada movimento era calculado, cada resultado, projetado. O caos era um inimigo a ser dominado.

Khaos Leon, por outro lado, abraçava o significado de seu nome. Artista de grafite e tatuador, sua vida era uma explosão de tintas, ruas iluminadas por neon e planos feitos de manhã e desfeitos à tarde. Seu estúdio era um labirinto de esboços, latas de spray e roupas espalhadas, uma bela anarquia onde as melhores ideias nasciam da confusão.

Eles se conheceram no café onde Keion revisava planilhas todas as manhãs às 7h em ponto. Khaos entrou como um turbilhão, derrubando a cadeira, pedindo um café “com o dobro de tudo que é ruim” e sentando-se para rabiscar freneticamente em um caderno. Keion observou, irritado e, secretamente, fascinado. Aquela energia desordenada era o oposto absoluto de seu mundo.

Por semanas, foi um jogo de olhares. Keion, organizado. Khaos, imprevisível. Até que um dia, uma tempestade surpreendente prendeu todos no café. A energia caiu. Planilhas não salvas viraram poeira digital no laptop de Keion.