Me come bem gostoso meu safadinho – Apolo Adrii e PoloxxxFans
O planeta Lux era um palco. Suas cidades eram labirintos de holofotes e néon, onde a fama era a moeda mais valiosa e a privacidade, um mito. Nele, Apolo Adrii era um deus menor. Um cantor cuja voz, diziam, conseguia acalmar até as tempestades de areia dos desertos exteriores. Mas até deuses podem se sentir sozinhos.
Enquanto milhares de fãs gritavam seu nome nos estádios, Apolo se sentia mais isolado do que um astronauta à deriva no espaço. Sua vida era coreografada, suas palavras eram escritas por outros, seu sorriso era um acessório de palco. Ele anseava por uma conexão real, por alguém que visse o homem, não o ídolo.
Do outro lado da tela, no anonimato escuro de um quarto, estava Pol.
Pol não era um fã. Era *o* fã. Seu pseudônimo, **PoloxxxFans**, era lendário nos fóruns de Lux. Ele não postava simplesmente “eu te amo”. Ele decifrava as letras de Apolo, encontrava os fios de tristeza entrelaçados entre os acordes dançantes. Ele criava intricate fan-arts que capturavam a melancolia nos olhos de Apolo, mesmo quando ele sorria. Seus posts eram tão profundos, tão perspicazes, que se tornaram uma lenda entre os fãs e, eventualmente, chegaram aos olhos do próprio ídolo.




