Woodxbound, Marco Star e Theo Dore – Bora fuder com vontade
O sol da tarde pintava de ouro as ruas de Paris, e o aroma de pão fresco e café se misturava ao cheiro de tinta e turpentina. No pequeno estúdio com vista para o telhado de zinco, **Theo Dore** limpava seus pincéis com um suspiro de satisfação. A tela diante dele capturava a luz fugaz do crepúsculo, mas faltava algo. Sempre faltava algo.
Theo era um romântico incurável, cuja beleza interior era tão vibrante quanto suas pinturas. Ele amava a cidade, amava a arte, mas ansiava por um amor que fosse sua própria obra-prima.
Do outro lado da cidade, em um escritório impessoal de arquitetura, **Marco Star** fechava seu laptop. Seus traços eram precisos, suas linhas, limpas e futuristas. Ele construía arranha-céus de aço e vidro, sonhos verticais que tocavam as nuvens. Mas, no elevador silencioso, ele sentia um vazio que nenhum projeto era capaz de preencher. Marco era ambicioso e brilhante, mas seu mundo era regido pela lógica, um território onde o coração não tinha planta baixa.
O destino, no entanto, é um arquiteto excêntrico.
Foi em uma livraria à beira do Sena que eles se encontraram. Os dois alcançaram o mesmo livro ao mesmo tempo: uma rara edição de poesias de e.e. cummings. As mãos se tocaram sobre a capa desgastada, e um choque silencioso percorreu o ar.
“Desculpe,” disse Marco, retirando a mão com um sorriso formal.
” Não, eu insisto, foi o senhor quem viu primeiro,” respondeu Theo, seus olhos cálidos encontrando os de Marco.
A conversa fluiu da poesia para a arquitetura, da arquitetura para a arte. Marco, pela primeira vez, sentiu-se desarmado pela desordem encantadora das ideias de Theo. Theo, por sua vez, viu na precisão de Marco uma beleza inesperada, a estrutura que poderia conter seu caos criativo.
O amor deles não foi um furac




