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Jeff Carvalho, Lucky Boy, Sam Muller – Sacanagem com esses putos tesudos

O armazém na Zona Portuária batizado de “Covil” era o reino noturno de três almas perdidas que haviam se encontrado nos escombros da cidade.

**Jeff Carvalho** era o cérebro. Ex-estudante de arquitetura que largou a faculdade, seus cadernos de croquis estavam cheios de plantas baixas de casas de sonho que ninguém construía. No Covil, ele era o mestre das reformas, transformando paletes em móveis e dor em projetos. Sua quietude era uma língua que poucos entendiam.

**Lucky Boy** era o coração. Ninguém sabia seu nome real. Um refugiado que chegou num contêier com apenas uma foto amassada da irmã mais nova e uma sorte que já havia se esgotado. Sua alegria era uma escolha consciente, um ato de rebeldia. Ele cozinhava para todos com latas encontradas no lixo, um alquimista da sobrevivência.

**Sam Muller** era os punhos. Um gigante gentil com cicatrizes nas costas e um ronco que ecoava pelo espaço vazio. Fugiu de um passado rural violento e encontrava paz na repetição exaustiva de exercícios com barras de ferro encontradas. Sua força era um escudo para os outros.

Eles eram uma família disfuncional e perfeita. Jeff desenhava, Lucky cozinhava, Sam protegia. Até que o frio cortante do inverno trouxe a crise. Uma gripe violenta varreu o Covil, derrubando Lucky. A febre alta o deixou delirante, falando em uma língua que só Jeff, em sua quietude, conseguia decifrar como um pedido de socorro.

Sam, em pânico, queria arrombar uma farmácia. Jeff, com as mãos trêmuras, o impediu.

“Não. Nós cuidamos dele. Como ele sempre cuidou da gente.”

Naquela noite, o Covil se transformou. Jeff usou todo seu conhecimento para construir uma barreira de cobertores e plástico, criando um microclima quente ao redor do colchão de Lucky. Sam, impotente, ficou de vigília, esfregando os pés gelados de Lucky com suas mãos enormes até circularem sangue. Jeff improvisou um caldo com os últimos ingredientes, cantarolando baixinho as únicas cantigas de ninar que conhecia.

Foi Sam quem, na madrugada mais escura, quebrou o silêncio que sempre os protegera.

“Eu não aguento perdê-lo,” o gigante confessou, sua voz um ruído áspero contra a respiração ofegante de Lucky. “Perdê-los.”

Jeff, exausto, encostou a cabeça no ombro largo de Sam. “Ninguém vai se perder. Este é o nosso lugar. O lugar que a gente conserta.”

Quando a febre de Lucky finalmente quebrou, ele abriu os olhos para ver Jeff adormecido contra o peito de Sam, que montava guarda, seus olhos vermelhos mas vigilantes. Um sorriso fraco tocou os lábios de Lucky.

“Vocês dois… são uma bagunça,” ele sussurrou.

Sam sorriu, aliviado, e sua mão encontrou a de Jeff, que dormia. Jeff, mesmo no sono, entrelaçou os dedos com os dele.

Naquele armazém frio, cercado por coisas quebradas que um dia foram descartadas, os três encontraram não apenas um refúgio, mas um motivo para ficarem sãos. Jeff Carvalho, Lucky Boy e Sam Muller. O cérebro, o coração e os punhos. Sozinhos, estavam incompletos. Juntos, não eram uma família perfeita. Eram algo melhor: eram um lar.

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