Pronto para quicar na pica do macho da academia – Bjorn Andrey e Landon Conrad
O silêncio da biblioteca antiquária era quebrado apenas pelo sussurro das páginas sendo viradas. Foi ali, entre o cheiro de papel envelhecido e poeira sagrada, que Bjorn Andrey encontrou Landon Conrad pela primeira vez.
Não foi um encontro de olhares dramáticos sobre pilhas de livros. Foi uma colisão de mundos no corredor mais estreito, entre as estantes de filosofia medieval. Bjorn, com suas mãos calejadas de marceneiro, deixou cair um pesado volume sobre heráldica. Landon, de dedos finos e manchas de tinta nas pontas dos dedos, abaixou-se para ajudar.
“Desculpe”, murmurou Bjorn, seus olhos azuis claros encontrando os castanhos escuros de Landon.
“Sem problemas”, Landon respondeu, com uma voz suave que contrastava com a figura robusta de Bjorn.
O livro que Bjorn carregava era para restaurar uma escrivaninha do século XVIII. O que Landon procurava era inspiração para seu próximo quadro. Em suas mãos, trocaram os volumes sem querer. Só perceberam ao chegar em casa.
Bjorn abriu “As Cores do Crepúsculo” e encontrou esboços de paisagens etéreas e anotações marginais de uma caligrafia elegante. “O azul não é apenas cor, é melancolia”, lia-se ao lado de uma aquarela de um lago ao entardecer.
Landon, por sua vez, deparou-se com “Técnicas de Marcenaria Gótica”. Nas margens, havia desenhos precisos de encaixes e medidas, com anotações em letra firme: “A madeira respira. Escute seu coração.”
Na semana seguinte, tornou-se um ritual. Encontravam-se na mesma biblioteca, às quartas-feiras, para devolver e trocar os livros. As conversas, inicialmente breves, estenderam-se para cafés na praça em frente. Bjorn falava da textura do jacarandá, Landon da dificuldade de capturar a luz do outono. Ele era sol e terra; Landon, lua e água.




