Christian Wilde (daddywildex) fucks Alurdun Finn (alurdun)
O apartamento de Christian era um reflexo de sua persona online: impecável, moderno, com linhas limpas e uma paleta de cores neutras. Era um espaço que gritava “daddywildex” – controle, sofisticação, uma vida curada como um feed de sucesso. Mas naquela noite, a luz perfeita das luminárias de LED não conseguia iluminar o vazio que ele sentia no peito. O silêncio era alto demais, interrompido apenas pelo clique suave de seu teclado.
Do outro lado da cidade, no caos acolhedor de seu estúdio, Alurdun Finn misturava tinta em uma paleta de madeira. Manchas de azul, verde musgo e um dourado ousado salpicavam o chão e suas roupas. Seu mundo, tanto o físico quanto o digital sob o nome “alurdun”, era um turbilhão de cores e texturas, uma celebração do imperfeito, do orgânico, do que crescia de forma selvagem e livre. Ele parou para postar um close-up da tinta se misturando – um universo em miniatura – e, ao rolar o feed, seus dedos pararam em uma nova foto de Christian.
Era uma selfie séria, os olhos claros de Christian encarando a câmera com uma intensidade que poderia ser confundida com frieza. Mas Alurdun via o cansaço nos cantos de sua boca. Via a solidão que aquele apartamento perfeito não conseguia esconder. Ele, que pintava não o que via, mas o que sentia, conseguiu enxergar a sombra por trás da luz.
Sem pensar muito, ele respondeu ao story com uma mensagem. Não um “está tudo bem?”, mas uma pergunta que parecia sair de um sonho: “Se você pudesse colher uma estrela do céu, onde você a guardaria?”
Christian leu a mensagem e um sorriso pequeno, genuíno, quebrou sua expressão séria. Era típico de Alurdun: estranho, poético, desconcertante. Ele respondeu: “No lugar mais escuro que encontrasse. Só para vê-la brilhar.”
Aquelas poucas palavras abriram uma fenda no muro que Christian tinha construído ao seu redor. As mensagens se tornaram diárias. Eles conversavam sobre tudo e sobre nada: a textura do café da manhã, a música que não saía da cabeça, os medos silenciosos que só se confessam na segurança da tela de um celular. Christian descobriu que por trás da persona “daddywildex” havia um homem que ansiava por se perder, por encontrar beleza no acaso.




