Grande Simoes fucks Beau Butler
O mundo de Grande Simoes era feito de linhas retas, contratos de aluguel e o som satisfatório de um aperto de mão que fechava um negócio. Como o corretor de imóveis mais bem-sucedido da cidade, ele via as casas não como lares, mas como ativos. A beleza era um item opcional na lista de especificações.
Foi isso que ele pensou quando viu a casa velha na colina. Era uma propriedade à venda, claro. Mas era também a coisa mais desleixada que ele já vira. As telhas estavam tortas, a tinta descascava e o jardim era uma selva de dentes-de-leão e trepadeiras rebeldes. E no meio do caos, montado em uma escada de pintor manchada de tinta, estava Beau Butler.
Beau usava um chapéu de palha surrado e um sorriso que parecia desafiar a lógica econômica. Ele não estava consertando a casa; ele a estava “beijando”, como explicou mais tarde. Restaurava uma moldura de janela com a paciência de um ourives, cantarolando uma melodia baixa.
“O senhor é o novo dono?”, perguntou Grande, ajustando o relógio de pulso, sua voz ecoando autoridade no ar quieto da manhã.
Beau desceu da escada, limpando as mãos em um pano sujo. “Dono? Não. Sou o Beau. A casa e eu temos um acordo. Eu cuido dela, e ela me deixa morar aqui. É um relacionamento complicado.”
Grande ficou perplexo. Aquilo era um invasor, um poeta de oficina, um… problema. Mas enquanto Beau falava sobre a história da casa, sobre as madeiras que rangiam contando segredos e a luz da tarde que entrava de um jeito específico na cozinha, algo estranho aconteceu no peito de Grande. Uma sensação que ele não conseguia colocar em uma planilha. Nostalgia por um lugar onde ele nunca tinha estado.




