Chriss Murphy takes another cock hard and deep

O mundo de Chriss Murphy era um lugar silencioso. Não o silêncio da paz, mas o de uma solidão que ecoava entre as quatro paredes de seu apartamento. Ele trabalhava como revisor de textos, um ofício que o mantinha imerso nas palavras dos outros, mas que raramente lhe dava voz para as suas próprias. Suas noites eram passadas com um livro na mão e o som baixo do rádio, companhias que não preenchiam completamente o vazio.

Tudo mudou em uma manhã de outono, na pequena livraria onde ele era cliente frequente. Enquanto procurava um velho volume de poesias, seus dedos encontraram os de outra pessoa, tentando alcançar o mesmo livro na prateleira mais alta.

Ele se abaixou e viu uma mulher com olhos tão verdes quanto as folhas que caíam do lado de fora da janela. Um sorriso tímido iluminou seu rosto.

“Parece que temos o mesmo gosto,” ela disse, sua voz um acalento suave no ar empoeirado.

Chriss, normalmente um homem de poucas palavras, sentiu um turbilhão de frases presas na garganta. Tudo o que conseguiu foi um “Chriss. Chriss Murphy,” enquanto entregava o livro a ela.

“Eva,” ela respondeu, aceitando-o. “Estou procurando a poesia certa para minha avó. Ela adora Cecília Meireles.”

Naquele momento, algo estranho aconteceu com Chriss Murphy. O silêncio dentro dele pareceu se encher de uma melodia suave. Ele, que vivia corrigindo as palavras dos outros, encontrou as suas próprias. Conversaram sobre poetas favoritos, sobre o cheiro de livros antigos e a beleza melancólica do outono.

Daquele dia em diante, a livraria se tornou seu ponto de encontro. Chriss descobriu que, com Eva, as palavras fluíam facilmente. Ele falava de seus sonhos esquecidos de ser escritor, e ela o ouvia com uma atenção que fazia ele se sentir a pessoa mais importante do mundo.

Eva era jardineira, e trouxe para a vida monocromática de Chriss todas as cores do jardim. Ela lhe mostrou que a paciência necessária para fazer uma semente florescer era a mesma para deixar uma história brotar no papel.

Uma noite, sob o céu estrelado no pequeno terraço dela, Chriss entregou a Eva não um livro de poesias, mas um caderno simples.