My First Date With A Man – Michael Lucas, RoXaS
O ar no distrito financeiro cheirava a chuva iminente e granito polido. **Michael Lucas** era um fantasma nesse mundo de vidro e aço. Um especialista em segurança, o homem que as corporações contratavam para testar suas defesas mais impenetráveis. Ele era metódico, paciente, um mestre da fachada. Sua vida era uma sequência de planos perfeitos e apartamentos vazios.
Seu alvo atual era o diamante “Lágrima de Estrela”, guardado no cofre subaquático do Museu de Arte Moderna. A segurança era um conto de fadas tecnológico, e Michael tinha um plano infalível. O que ele não tinha planejado era **RoXaS**.
RoXaS era o caos. Uma lenda urbana, uma sombra que deixava uma marca sprayada – uma rosa e um X – nas cenas do crime. Enquanto Michael trabalhava com frequências de rádio e loops de vigilância, RoXaS usava parkour, explosivos de baixo impacto e uma audácia desconcertante.
Na noite do golpe, enquanto Michael desativava silenciosamente os sensores de movimento no teto, uma janela no andar de cima se estilhaçou. RoXaS desceu por um cabo, vestindo um casaco com capuz e roupas escuras, pousando diante do cofre com uma reverência irônica.
— Acho que chegamos primeiro, amigo — disse uma voz suave e feminina, saindo de sob o capuz.
Michael congelou, seu plano perfeito desmoronando em segundos. — Você é uma lunática. Vai acionar todos os alarmes.
— Os alarmes são chatos — ela riu, sacando um maçarico minúsculo. — Eles gostam de drama.
O que se seguiu foi um duelo de opostos. Enquanto RoXaS criava uma distração colossal, explodindo um extintor de incêndio para cegar as câmeras, Michael usava o caos para abrir o cofre com uma precisão cirúrgica. Eles não trabalhavam juntos; eles dançavam um em torno do outro, um balé de anarquia e ordem. Ele a puxou para fora do caminho de um laser; ela o empurrou de um dardo tranquilizante sônico.
Quando a “Lágrima de Estrela” finalmente ficou exposta, suas mãos se encontraram sobre a vitrine. Por um momento, eles simplesmente se encararam, ofegantes. A luz azul do diamante iluminou o rosto de RoXaS, revelando olhos verdes cheios de desafio e uma vida que Michael nunca conhecera.
— Então — ela sussurrou, um sorriso nos lábios. — Dividimos?
Em vez de responder, Michael pegou o diamante e, com um movimento rápido, o colocou de volta no pedestal, ativando o alarme silencioso que ele mesmo havia ignorado.
— O que você está fazendo? — ela perguntou, chocada.
— Mudando o plano — ele disse, pegando sua mão. — A recompensa por nos pegarem é muito menor do que a de conseguir isso. E eu conheço uma saída que não está nos seus mapas.
Ele, o arquiteto da ordem, estava se rendendo ao caos dela.
Eles fugiram pelos túneis de serviço, as sirenes ecoando ao longe. No cais, sob a névoa noturna, RoXás olhou para ele.
— Por que você fez isso? Você tinha o diamante.
Michael olhou para ela, para a cidade que ele sempre viu como um quebra-cabeça a ser resolvido, e agora via como um playground.
— Porque eu passei a vida entrando em lugares trancados — ele respondeu, sua voz suave. — E você foi a primeira coisa que valeu a pena roubar e, ao mesmo tempo, a única que não posso guardar em um cofre.
RoXaS sorriu, uma expressão genuína e não apenas um troféu. — Que sentimental, Lucas. — Ela se inclinou e roubou um beijo. — Mas talvez eu deixe você me guardar… por um tempo.
E assim, o ladrão de corações e a sombra desapareceram na noite, um novo e perigoso plano começando a ser traçado, juntos.




