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Aletremo and Maickelbeker fuck by the waterfall

Na cidade baixa, onde o cheiro do mar se misturava com o de óleo e metal, ficava a oficina de **Maickelbeker**. Ele era um ourives de motores, um alquimista de peças enferrujadas. Suas mãos, calejadas e sempre marcadas com graxa, conseguiam sentir a vida em um motor que todos julgavam morto. Ele dava voz aos monstros de aço, e o rugido de uma motocicleta restaurada por ele era sua sinfonia preferida.

No alto da colina, entre estufas de vidro, vivia **Aletremo**. Botânica e musicista, ela era uma feiticeira das coisas silenciosas. Suas mãos, finas e cuidadosas, acariciavam pétalas e afinavam a harpa que ficava em seu jardim de inverno. Ela entendia a linguagem das plantas, o suspiro do vento entre as folhas, e acreditava que toda coisa viva tinha uma melodia própria.

Seus mundos eram separados por uma ladeira íngreme e por uma verdade fundamental: ele consertava o que podia ser ouvido; ela, o que podia ser sentido.

O destino, no entanto, pregou-lhes uma peça em forma de um velho violão encardido. Maickelbeker o encontrou em um ferro-velho, seu braço quebrado e seu corpo coberto de poeira. Por razões que nem ele mesmo entendia, levou-o para casa. Tentou cola, grampos, mas o instrumento permanecia mudo. A frustração era um sabor amargo em sua boca.

Um cliente, vendo sua luta, deu-lhe um bilhete. “Leve para a mulher da colina. Aletremo. Ela tem um dom para coisas que perderam sua voz.”

Cético, Maickelbeker subiu a ladeira pela primeira vez. Aletremo atendeu a porta, vestindo um vestido cor de terra, as mãos cheiras a jasmim e terra. Ele estendeu o violão, sem cerimônias.

“Ele não faz som”, disse ele, sua voz um rugido abafado.

Ela pegou o instrumento com uma reverência que ele nunca dedicara a nenhuma máquina. Passou os dedos sobre a madeira, fechou os olhos e inclinou a cabeça, como se estivesse ouvindo.

“Ele não está quebrado”, sussurrou ela. “Ele está com vergonha. Perdeu sua canção.”

Nos dias que se seguiram, Maickelbeker voltou à estufa. Ele a observou enquanto ela trabalhava, lixando a madeira com uma paciência infinita, tratando-a com óleos especiais, sussurrando para o instrumento. Ele, que era mestre em forçar peças a se encaixarem, via-a *convidar* a madeira a se curar. Ela, por sua vez, via a admiração em seus olhos—não pelo processo delicado, mas pela sua eficácia silenciosa.

Ele começou a trazer peças de suas restaurações: uma buzina que não soava, um velocímetro que não girava. “Esses não têm alma para se envergonhar”, ele brincava, “apenas ferrugem.” Ela ria, e o som era mais suave que o tilintar de suas ferramentas.

Quando o violão finalmente ficou pronto, Aletremo o entregou a Maickelbeker.
“Você tenta”, ela insistiu.

“Eu não sei tocar.”
“Ele não precisa de um músico. Precisa de um amigo.”

Ele colocou os dedos grossos nas cordas, desajeitado, e dedilhou. O som que saiu não foi perfeito, foi trêmulo e hesitante. Mas era vivo. Era música.

Aletremo sorriu, e Maickelbeker entendeu. Ele passara a vida trazendo monstros de metal de volta à vida com força e fogo. Ela fazia o mesmo com coisas frágeis, com paciência e silêncio. Eram artes opostas, mas a mesma magia.

Naquela noite, na estufa iluminada pela lua, o rugido do mundo de Maickelbeker encontrou a melodia silenciosa do mundo de Aletremo. E ele percebeu que, pela primeira vez, alguém não estava tentando consertá-lo, mas apenas ouvindo a canção que sempre esteve lá, esperando para ser tocada.

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