Thomas Long (ThomasLongXXL) fucks Collin Merp (collin_merp)
O universo de Thomas Long – @ThomasLongXXL para seus seguidores – era um império de grandeza. Tudo era superlativo: seus músculos, seu apartamento minimalista, suas refeições perfeitamente equilibradas. Ele era um titã do wellness, um homem que transformou seu corpo em um templo de aço e vidro. Mas à noite, o silêncio naquele espaço amplo ecoava mais alto que qualquer aplauso virtual.
Collin Merp, @collin_merp online, habitava um cosmos em miniatura. Seu mundo cabia na palma da mão: dioramas de florestas encantadas dentro de caixas de charuto, livrarias em escala com volumes do tamanho de grãos de arroz, todos meticulosamente pintados à mão. Enquanto Thomas pregava sobre “expandir seus limites”, Collin celebrava a beleza infinita contida em alguns centímetros quadrados.
Seus caminhos se cruzaram em uma feira de criadores. Thomas, contratado para uma aparição, sentia o vazio habitual sob os holofotes. Seu olhar, vagando pela multidão, foi capturado por um pequeno grupo imóvel em um estande. Havia uma reverência no ar. Curioso, o gigante se aproximou.
E o mundo de Thomas Long XXL parou.
Ele estava diante de uma cena de café em escala 1:12, tão real que ele quase podia sentir o cheiro do café. Havia jornais minúsculos com manchetes legíveis, bolos com textura de glacê e até um gato de pelúcia dormindo em uma cadeira. A precisão era avassaladora. Era um santuário de paz e propósito.
“É… incrível,” Thomas disse, sua voz soando estranhamente contida.
Collin ergueu os olhos, seus óculos de aumento ampliando olhos de um azul tranquilo. “Obrigado,” ele respondeu com um sorriso suave. “É meu cantinho de paz.”
“Paz,” Thomas repetiu, a palavra estranha em sua boca. Ele, que sempre buscou a grandeza, estava diante de uma forma de perfeição que nunca havia considerado.
Ele voltou no dia seguinte, sem câmeras. E no outro. As mãos de Thomas, acostumadas a levantar centenas de quilos, tremiam ao tentar colar uma minúscula cadeira de balanço. Collin riu, não de zombaria, mas de encantamento, e guiou seus dedos com uma paciência infinita.
Collin, por sua vez, começou a ver além da fachada do atleta. Ele via a solidão nos olhos de Thomas nos intervalos entre as frases, a fome por algo que suplementos proteicos não poderiam saciar.
O amor não chegou com uma declaração dramática. Chegou em uma tarde tranquila no estúdio de Collin, com a luz do entardecer banhando as miniaturas. Thomas observava Collin trabalhar, a língua presa entre os dentes em concentração, e uma onda de calor tão intenso o invadiu que ele sentiu suas fundações de aço se derreterem.
“Collin,” ele sussurrou.
Collin ergueu os olhos, pousando os óculos.
“Eu passei a vida toda construindo um monumento,” Thomas confessou, sua voz mais suave do que jamais fora. “Mas foi no seu mundo pequeno que eu encontrei um lar.”




