XL Dick Fucked Me And Left My Hole Broken And Full Of Milk – AndoliniXXL, Julian Shul
O universo de AndoliniXXL era um templo de aço, disciplina e proteína. Seu corpo, esculpido em horas intermináveis de levantamento de peso, era sua obra de arte e sua armadura. Nas redes sociais, ele era uma lenda do fitness, um titã de músculos e determinação feroz. Sua vida era um manifesto visual de força, cada selfie um hino à perfeição física.
O mundo de Julian Shul era um reino de papel e quietude. Um bibliotecário noturno, ele era o guardião de um acervo de livros raros, suas mãos delicadas manuseando frágeis primeiras edições com uma reverência que outros reservam para relíquias religiosas. Sua força não estava nos bíceps, mas na paciência infinita para decifrar histórias alheias.
Uma noite, após um evento na biblioteca onde sua marca de suplementos patrocinara uma exibição de livros de anatomia, AndoliniXXL – cujo nome real era Marco – ficou para trás, hipnotizado por um volume de ilustrações médicas do século XVII.
“É fascinante, não é?” uma voz suave ecoou na penumbra. Era Julian. “Os mesmos músculos que você hipertrofia, os mesmos ossos que você fortalece… eles os desenhavam com a mesma obsessão, mas para compreender, não para exibir.”
Marco ficou surpreso. As pessoas geralmente só comentavam sobre seu tamanho ou pedia dicas de treino.
“É só um corpo,” ele respondeu, automaticamente.
“Um corpo é a primeira história que contamos,” Julian contraiu, passando os dedos sobre a lombada de um livro. “E a última que verdadeiramente entendemos.”
Aquela frase ecoou na mente de Marco nos dias seguintes. Ele começou a visitar a biblioteca à noite, longe das câmeras e dos fãs. Inicialmente, sob o pretexto de estudar anatomia, mas na verdade para se alimentar das histórias que Julian lhe oferecia como quem oferece pão a um homem faminto.
Julian lhe mostrou poetas que escreviam sobre a fragilidade do corpo, filósofos que questionavam a conexão entre carne e alma, romancistas que celebravam a resistência silenciosa. Marco, acostumado a grunhir sob as barras de ferro, aprendeu a ficar em silêncio diante da beleza de um soneto.
Em troca, Marco trouxe para aquele mundo de sombras um sopro de vitalidade. Quando uma enchente ameaçou os livros raros no porão, foi ele quem carregou as pesadas caixas de aço para os andares superiores, seus músculos encontrando uma finalidade que transcendia a vaidade. Quando Julian adoecera, foi Marco quem apareceu em sua porta com uma sacola de compras e uma panela de sopa, cuidando dele com a mesma meticulosidade que dedicava aos seus suplementos.
A grande virada aconteceu numa tarde chuvosa. Marco, após uma sessão de treino, foi até a biblioteca encharcado. Sem pensar, Julian estendeu a mão e tocou seu ombro, onde uma fina cicatriz branca cortava o músculo definido.
“Como foi isso?” ele perguntou, sua voz um sussurro.
“Acidente de bicicleta, aos quinze anos,” Marco respondeu, e a simples verdade daquela história, contada sem o filtro das redes sociais, pareceu quebrar algo dentro dele. “Os médicos disseram que eu nunca mais levantaria peso.”
Julian não tirou a mão. “Eles subestimaram a sua teimosia.”
Marco olhou para aquele homem frágil, cujas mãos tremiam ligeiramente ao segurar livros pesados, e viu uma força que seus levantamentos de terra jamais poderiam medir. E Julian, olhando para o titã diante dele, viu não uma estátua de músculos, mas um homem que, assim como os livros que ele amava, precisava ser lido com atenção para revelar suas camadas mais profundas.
Naquela biblioteca silenciosa, o homem que passara a vida construindo uma fortaleza em volta do próprio corpo encontrou o único homem que sabia como entrar sem precisar derrubar as paredes. E descobriram, juntos, que o amor era a única carga que, quanto mais se carrega, mais forte se fica.




