Matt Dubbe fucks Carter Collins
O mundo de Matt Dubbe era silencioso, metódico e medido em nanossegundos. Como relojoeiro mestre, sua existência era passada entre lentes de aumento, pinças e o tique-taque suave de centenas de corações mecânicos. Sua loja, “Tempo & Precisão”, era uma cápsula fora do mundo, cheia da poeira dourada do passado. Matt consertava histórias, uma engrenagem de cada vez, em um ambiente onde o maior barulho era o do seu próprio pulso.
Carter Collins era o caos em forma de homem. Um repórter de um jornal digital, sua vida era uma cacofonia de telefonemas, prazos e notificações. Ele entrava nos lugares como um furacão, com seu casaco trench sempre um pouco desalinhado e uma energia que parecia desafiar a própria lei da inércia. Ele escrevia sobre o presente frenético, sobre escândalos e descobertas, sempre correndo atrás do próximo furo.
Seus mundos colidiram por causa de um relógio de bolso do avô de Carter. Uma peça antiga, quebrada, que era a única herança do homem que o criara.
“Ele dizia que este relógio tinha visto mais história do que qualquer livro,” Carter explicou, colocando o objeto de latão desgastado no balcão de vidro imaculado de Matt. “Precisa de uma cirurgia de coração aberto.”
Matt pegou o relógio com uma reverência que Carter nunca dedicara a nada. Ele o examinou sob a lâmpada, seus dedos estáveis virando-o com uma suavidade infinita.
“O eixo do balanço está quebrado. A mola principal está cansada,” Matt diagnosticou, sua voz um sussurro quase inaudível no burburinho da rua que entrava pela porta. “Vai levar tempo.”
“Tempo é a única coisa que eu não tenho,” Carter riu, nervoso, olhando para o seu smartphone. “Mas tudo bem. Faça o que for preciso.”
Carter voltou todos os dias. No início, para checar o progresso. Depois, sem um motivo real. Ele descobriu que a quietude da loja era um antídoto viciante para o seu ruído mental. Ele se sentava no canto, observando Matt trabalhar, a serenidade hipnótica daquelas mãos que conversavam com o tempo.
Matt, por sua vez, começou a ansiar pelaquela explosão de vida diária. Carter entrava trazendo o cheiro da rua, histórias de prefeitos corruptos e heróis anônimos. Era desgastante, era barulhento, e era a coisa mais viva que acontecia em sua loja desde que um cronômetro de 1920 parou de funcionar.
Um dia, Carter chegou mais quieto que o normal. Uma reportagem importante dele havia sido cortada. O furo não era grande o suficiente.
“Às vezes sinto que estou apenas preenchendo espaço vazio,” ele confessou, observando Matt montar minuciosamente as engrenagens minúsculas do seu relógio. “Tudo é tão… descartável.”
Matt não olhou para cima, mas suas mãos pararam. “Não é descartável,” ele disse calmamente. “Você está escrevendo o primeiro rascunho da história. Alguém, daqui a cem anos, pode encontrar suas palavras e entender como era este momento. É como… consertar o tempo com palavras.”
Carter ficou em silêncio. Ninguém nunca tinha enquadrado seu trabalho daquela forma.
Quando o relógio de bolso finalmente ficou pronto, Matt o colocou no balcão. Ele brilhava suavemente, e o tique-taque era forte e regular, como um coração rejuvenescido.
Carter pegou-o, sua mão grande e inquieta envolvendo a peça delicada. “Está perfeito.”
“Ele vai marcar o tempo por mais um século,” Matt afirmou. “Mas só se você der a ele um motivo.”




