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Behind the scenes: THE TRAINER – Dimitri Venum and Tiago Santana fuck

O estúdio de Dimitri Venum era um caos organizado. Telas gigantescas ocupavam as paredes, exibindo rostos distorcidos em cores agressivas que pareciam gritar. Latas de spray vazias rolavam pelo chão de concreto, e o cheiro de tinta e solvente impregnava o ar. Era o reino do grotesco, do visceral, uma resposta em alto e bom som à beleza plastificada do mundo. Dimitri, com suas mangas enroladas e mãos sempre manchadas, era um príncipe nesse reino de feridas abertas.

Num canto, esquecida por um coletor de lixo, uma tela menor mostrava algo diferente. Era um retrato. E não era grotesco. Era Tiago.

Tiago Santana era a antítese de Dimitri. Barbeado, com camisas de algodão imaculadas e um sorriso que não parecia forçado. Ele era jardineiro no parque municipal, e suas mãos, calejadas da terra, cuidavam de coisas que cresciam, não de coisas que explodiam em cores raivosas. Todos os dias, no caminho para o estúdio, Dimitri parava no banco de madeira onde Tiago, pontualmente às oito da manhã, aparava os roseirais.

O primeiro contato foi um acidente. Dimitri, distraído esboçando um novo conceito no bloco, esbarrou no carrinho de ferramentas de Tiago, derrubando podadores e uma sacola de adubo.

“Desculpe,” murmurou Dimitri, de cabeça baixa, já se agachando para recolher os objetos como se fossem bombas.

“Calma, não quebrou nada,” a voz de Tiago era calma, como a sombra de uma árvore num dia quente. “Você é o artista daquele galpão, não é? Vejo você passando.”

Dimitri ergueu os olhos, surpreso. As pessoas geralmente o evitavam. “É. Dimitri.”

“Tiago,” ele respondeu, estendendo a mão. A mão de Dimitri, suja de carvão, hesitou antes de se encontrar com a de Tiago, áspera da terra. Foi um choque de mundos, literalmente. “Gosto do seu trabalho. É… intenso.”

Aquela palavra, “intenso”, dita sem ironia, ficou ecoando na cabeça de Dimitri pelo resto do dia. Ele não conseguiu pintar. Ficou olhando para a tela do retrato, um estudo que fizera em segredo, capturando a concentração serena de Tiago ao podar um galho.

Os encontros no banco tornaram-se rotina. Um café compartilhado, um silêncio que não era desconfortável. Dimitri falava de sua arte como uma febre; Tiago falava das rosas como se estivesse contando segredos de velhos amigos. Dimitri aprendeu que existia uma beleza quieta no crescimento, na paciência, na entrega à natureza das coisas. Tiago, por sua vez, começou a ver a beleza raw na arte de Dimitri, não como um grito de raiva, mas como um grito de existência.

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