Sunny Mike and Vic Gioz fuck

O **”Sole Mio”** não era apenas uma pizzaria; era um pedaço de Nápoles no coração da cidade, e **Vic Gioz** era sua alma. Neto do fundador, ele tinha as mãos sábias da massa, a voz rouca de quem grita pedidos há anos e um coração do tamanho de um forno a lenha. A pizzaria era seu reino, seu legado, sua vida.

**Sunny Mike** era um furacão solar. Um entregador de bicicleta que apareceu para uma corrida rápida e nunca mais foi embora. Com seus fones de ouvido coloridos, seu sorriso que rivalizava com o sol do meio-dia e uma energia contagiante, ele era o oposto do mundo terroso e tradicional de Vic.

No início, Vic via Sunny Mike como uma perturbação. O rapaz cantarolava ao pegar as pizzas, dançava um pouco ao sair e sempre, *sempre*, tinha um elogio ou uma piada rápida.

“Essa massa está assinando uma ópera, chef!” ou “O cheiro aqui já me encheu a alma, nem preciso da pizza!”

Vic resmungava, mas começou a anotar mentalmente os horários em que Sunny Mike costumava aparecer.

O amor floresceu no calor do forno e na velocidade das entregas.

Foi Vic, notando que Mike pedalava o dia todo, quem começou a deixar uma garrafa de água gelada e uma fatia de focaccia no balcão para ele. “Para não desmaiar e estragar minha entrega”, justificava, com cara de poucos amigos.

Foi Sunny Mike, vendo a exaustão no rosto de Vic após um sábado lotado, quem ficou depois do horário, sem ser pedido, para ajudar a lavar as panelas gigantes. “É terapia”, ele disse, ligando uma playlist italiana animada. “E você paga com pizza.”

Eles eram sol e lua. Vic, com suas raízes profundas e seu amor paciente e constante como o fermento. Sunny Mike, com sua luz nômade e sua alegria efusiva, iluminando cantos da vida de Vic que estavam empoeirados.

A confissão aconteceu numa noite de temporal. As entregas tinham parado, e a pizzaria estava vazia. Mike estava encolhido sob a marquise, esperando a chuva passar. Vic o chamou para dentro.

Enquanto a chuva batia nas janelas, eles compartilharam uma pizza margherita que sobrou, sentados no balcão. O silêncio entre eles não era mais estranho, era confortável.

“Você vai acabar ficando, não vai?” Vic perguntou, olhando para a massa perfeitamente assada.

“Ficar onde?” Mike respondeu, confuso.

“Aqui. Na cidade. Você é como um pássaro, sempre em movimento.”

Mike olhou para Vic, e pela primeira vez, seu sorriso solar deu lugar a uma expressão suave e vulnerável.