Nano Love and Teddy Graham fuck – Mirror, mirror
						O mundo de Nano Love era composto de silício, linhas de código e a fria lógica dos circuitos. Ele era um prodígio da inteligência artificial, um jovem que conversava com algoritmos como outros conversam com amigos. Seu quarto era seu universo, iluminado apenas pelas telas que exibiam cascatas de dados verdes. A solidão era um parâmetro que ele aceitava, mas não compreendia completamente.
Do outro lado da rua, vivia Teddy Graham. Seu mundo era o oposto: era quente, tátil e um pouco bagunçado. Ela herdara a antiga padaria da avó, “O Pão Dourado”, e passava as madrugadas com as mãos enfarinhadas, amassando pães que cheiravam a carinho e canela. Seu coração era tão macio quanto seus pães de ló.
Eles eram vizinhos há anos, dois planetas em órbitas distintas. Nano via a luz da padaria acender às 4h da manhã e achava curioso aquele ritual. Teddy via a luz azulada do quarto de Nano brilhar a noite toda e se perguntava se ele algum vez dormia.
O primeiro contato foi um desastre culinário. O forno da padaria pifou numa madrugada de sábado, com centenas de pães a meio do processo. Desesperada, Teddy viu a luz do quarto de Nano e, num ato de desespero, bateu à sua porta.
Nano abriu, surpreso. Ele mal conhecia a vizinha, a não ser pelo cheiro delicioso que sempre vinha de sua casa.
“Meu forno… quebrou,” ela disse, as mãos ainda cobertas de farinha. “Você, por acaso, entende de… coisas?”
Nano, que podia reprogramar um servidor, nunca havia consertado um forno. Mas os olhos cor de mel de Teddy, cheios de um desespero genuíno, fizeram algo estranho em seu código interno. Ele pegou suas ferramentas e seguiu-a.
Duas horas depois, após muito consultar manuais na internet e testar resistências com um multímetro, o forno voltou à vida com um ronco gratificante. O cheiro de pão quente encheu o ar. Teddy, em um impulso, abraçou Nano. Para ele, foi como um curto-circuito. Uma sensação quente, real e completamente fora de seu banco de dados.
				



