Lane Colten fucks Cory Anders
O vento do outono enroscava-se nos cabelos cor de areia de Lane Colten enquanto ele encarava a porta de madeira da livraria. Não era o tipo de lugar que um carpinteiro como ele frequentava, mas um pedido específico de um cliente o trouxera até ali. O interior cheirava a papel envelhecido e café fresco.
Foi atrás de uma pilha de livros sobre arquitetura vitoriana que ele encontrou Cory Anders. Ou melhor, encontrou primeiro os olhos de Cory, da cor do musgo, e o sorriso fácil que parecia desafiar a seriedade do ambiente.
“Você parece perdido”, disse Cory, a voz um sussurro divertido por trás dos volumes pesados.
“Estou procurando por suportes para beirais”, Lane respondeu, segurando um pedaço de madeira como se fosse um salvo-conduto.
Cory riu, um som claro que fez algo no peito de Lane se apertar. “Não vendemos isso aqui. Mas posso te mostrar alguns livros que ensinam a fazê-los.”
Aquele foi o primeiro de muitos encontros. Lane aparecia com desculpas frágeis – um livro sobre ferragens esquecido, um endereço trocado. Cory sempre o recebia com a mesma expressão de divertido ceticismo, oferecendo um café e uma conversa que fluía como um rio tranquilo.
Eles eram opostos. Lane, com suas mãos calejadas e seu mundo de medidas precisas e linhas retas. Cory, com seu universo de palavras fluidas, metáforas e histórias que não tinham um fim claro. Lane construía coisas que podia tocar; Cory vivia em mundos que só podia sentir.
Num sábado chuvoso, Lane apareceu sem nenhuma desculpa. Apenas com duas canecas de chocolate quente e o coração batendo forte como um martelo contra uma tábua.
“Pensei que você poderia gostar de algo quente”, disse ele, molhado e desengonçado na porta da livraria.
Cory olhou para ele, e pela primeira vez, o sorriso fácil deu lugar a algo mais suave, mais real. “Está ficando sem desculpas, Colten.”
“É que eu descobri que gosto mais do dono da livraria do que dos livros”, Lane confessou, a cor subindo-lhe pelo pescoço.
Cory pegou uma das canecas, seus dedos encontrando os de Lane por um instante. “Leva tempo para construir algo resistente, não é?”
Lane sorriu, finalmente entendendo. “Leva. Mas as melhores estruturas são aquelas feitas com paciência.”
E naquela livraria cheia de histórias, eles começaram a escrever a deles. Uma história sem dramáticos finais felizes, mas com um início promissor, onde um carpintero que amava a solidez da madeira e um livreiro que amava a leveza das palavras descobriram que, juntos, podiam construir um lar.




