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Kurt Adam fucks Alexis Uriel

O silêncio da livraria “O Pórtico” era um som quase tangível, quebrado apenas pelo leve sussurro das páginas a serem viradas. **Kurt Adam** era o seu guardião. Um homem de gestos suaves e palavras medidas, cuja vida estava organizada como os livros nas prateleiras: por autor, por género, por uma lógica tranquila. Conhecia cada história, cada lombada, cada cliente habitual.

A sua rotina foi quebrada por uma tempestade chamada **Alexis Uriel**.

Alexis entrava na livraria como um redemoinho, trazendo consigo o cheiro a café e o som do trânsito da cidade. Era escritora, e a sua desordem criativa era um espetáculo à parte. Espalhava pilhas de cadernos sobre a única mesa grande no fundo da livraria, resmungava para si mesma, e afundava os dedos no cabelo enquanto lutava com as personagens da sua cabeça. Usava anéis em todos os dedos que tilintavam contra o mármore da mesa.

Kurt observava-a. Inicialmente com uma leve irritação profissional perante a desarrumação. Depois, com uma curiosidade crescente. Ele, que vivia entre histórias terminadas e encadernadas, era fascinado por aquele vulcão de uma história em criação.

O primeiro contacto foi sobre Dostoievski. Alexis, num acesso de frustração, empurrou uma pilha de livros de referência, e um deles caiu aos pés de Kurt.

— *Os Irmãos Karamazov* — disse ele, apanhar o livro. — Uma escolha pesada para uma terça-feira de manhã.

Ela ergueu os olhos, o olhar cansado mas intenso.
— Os meus personagens estão a portar-se como o Dimitri. Precisam de um pouco de sofrimento para os endireitar.

Kurt não conseguiu evitar um sorriso.
— Talvez precisem de um pouco de graça, não de sofrimento. Já experimentou Jane Austen?

Alexis riu, um som surpreendentemente claro que ecoou na livraria silenciosa.
— A minha protagonista é uma pugilista. Acho que a Jane Austen não é bem a sua estilo.

Na terça-feira seguinte, Kurt tinha separado na mesa dela um livro: *Sobre o Boxe*, de Joyce Carol Oates. Não disse uma palavra. Apenas acenou com a cabeça quando os seus olhos se encontraram.

Assim começou um ritual silencioso. Kurt começou a deixar-lhe livros como pistas. Um sobre mitologia nórdica. Outro sobre a história do jazz. Alexis, em troca, começou a ler em voz baixa passagens da sua escrita, testando o ritmo das frases, procurando a sua reação no seu rosto impassível.

A atração era uma história que ambos estavam a escrever juntos, sem nunca colocar uma palavra no papel.

A confissão aconteceu num dia de chuva, quando a livraria estava vazia. Alexis estava particularmente quieta, a olhar pela janela.

— Vou embora — disse ela, de repente. — Acabei o livro. O meu editor em outra cidade está à minha espera.

O coração de Kurt apertou-se como se uma mão invisível lhe comprimisse o peito. O seu mundo ordenado, de repente, parecia vazio.

— Oh — foi tudo o que conseguiu dizer.

Alexis levantou-se e aproximou-se do balcão. Os seus anéis tilintaram suavemente contra o wood.
— A minha protagonista pugilista — começou ela, a voz um pouco trémula — no final, ela desiste do ringue. Abre uma livraria. Encontra um homem tranquilo que lhe recomenda os livros certos. É um final um pouco clichê, não é?

Kurt olhou para ela, e pela primeira vez, a sua compostura perfeita rachou. Um sorriso largo e genuíno iluminou o seu rosto.
— Soa-me a um final perfeito.

Alexis estendeu a mão através do balcão, e Kurt pegou nela, os seus dedos calmos envolvendo os seus dedos inquietos e adornados.

— Fica — ele pediu, não era uma ordem, era um convite. — Fica e escreve o próximo capítulo aqui.

E na livraria silenciosa, entre as histórias de outros, Kurt Adam e Alexis Uriel descobriram que a sua própria história, feita de olhares subtis e livros emprestados, era a mais bela que alguma vez iriam encontrar.

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