Hugo Carter and Jim Durden fuck

O vento soprava frio e insistente nas docas, carregando o cheiro de sal e gasóleo. **Hugo Carter** encostou-se ao parapeito de ferro, as mãos calejadas enfiadas nos bolsos do seu casaco velho. Era um homem do mar, um pescador como o pai e o avô antes dele. Os seus dias eram medidos pelas marés e pelas redes cheias, a sua vida um ciclo monótono de sair para o mar e regressar a casa.

A monotonia quebrou-se numa manhã de nevoeiro cerrado.

Um iate, um brinquedo branco e elegante de alguém com muito dinheiro, estava atracado no cais de recreio, um lugar que Hugo normalmente evitava. Enquanto se aproximava, viu um homem de fato de treino imaculado, a lutar desesperadamente com uma corda e a amaldiçoar em voz baixa. O vento tinha soltado uma das amarras.

— Vais perder o barco se continuas assim — disse Hugo, a sua voz rouca um contraste com o silêncio húmido.

O homem ergueu os olhos. Era **Jim Durden**. Tinha o cabelo perfeitamente despenteado, mesmo no caos, e uns olhos astutos que agora mostravam pura frustração.
— Eu contratei um tipo para tratar disto — resmungou Jim. — Aparentemente, “tratar disto” significa sumir-se.

Hugo não disse uma palavra. Aproximou-se, pegou na corda e, com alguns nós firmes e precisos, que eram para ele uma segunda natureza, tornou o iate seguro outra vez.
— É preciso saber o nó certo para o vento que vai fazer — explicou, simplesmente.