Brazilian XXL – Adam Caste and Rafael Silva fuck
A oficina do Adam Caste era um santuário de ordem e precisão. Cada ferramenta tinha o seu lugar, cada motor era um quebra-cabeças a ser resolvido com paciência e lógica. Adam, com as mãos sempre limpas apesar da graxa e um olhar analítico que desmontava problemas complexos, era o mestre daquele reino. A sua vida era um algoritmo previsível: diagnosticar, reparar, testar. Tudo sob controle.
O caos entrou pela porta com um ronco rouco e um cheiro a gasolina queimada. Rafael Silva desceu de uma moto antiga, cujo estado era um atentado à engenharia mecânica. Trazia as mãos sujas de tinta, o cabelo desalinhado e um sorriso fácil que parecia desafiar a seriedade do lugar. Era artista plástico, e a sua vida era uma paleta de cores vivas, emoções à flor da pele e horários flexíveis.
— Ela está a fazer um barulho estranho — disse Rafael, batendo com carinho no tanque da moto.
Adam aproximou-se, os braços cruzados. — Barulho estranho é o eufemismo do ano. Isto é um grito de socorro.
Era o choque de dois mundos irreconciliáveis. Adam, metódico e contido. Rafael, espontâneo e expansivo.
Nos dias que se seguiram, a moto tornou-se uma desculpa. Rafael aparecia na oficina com desculpas esfarrapadas para ver o progresso do trabalho, trazendo cafés demasiado doces e histórias de telas que não saíam como planeado. Falava de sentimentos, de inspiração, do medo da página em branco.
Adam, inicialmente reticente, começou a ouvir. E, para sua surpresa, a responder. Explicava o funcionamento de um carburador com a mesma paixão com que Rafael descrevia a técnica do *dripping*. Aos poucos, a oficina ganhou novas cores. Um pincel esquecido por cá, um pequeno desenho a caneta deixado no balcão por Rafael.




