Cam Boyfriends Cum Show – Cal Cobalt and Only Matt fuck
Cal Cobalt mapeava o mundo. Suas paredes eram cobertas por mapas topográficos, rotas de vento e as linhas sutis de latitude e longitude que amarram o planeta. Ele era um homem de lógica, de coordenadas, de lugares que podiam ser localizados e nomeados. Sua vida era uma busca por precisão.
Only Matt era um lugar que não podia ser mapeado.
Eles se conheceram em um mercado de pulgas. Matt estava em um pequeno palco, com um violão surrado e uma voz que não seguia nenhuma escala que Cal pudesse reconhecer. Ela não cantava músicas; ela cantava *climas* – tempestades de raiva, brisas suaves de saudade, o sol quente da alegria pura. Seu nome artístico, “Only Matt”, era uma declaração. Não havia ninguém como ela.
Cal ficou parado, hipnotizado, com um velho sextante nas mãos que havia comprado. Aquela voz desafiava todas as suas coordenadas. Ela era um ponto de referência que não constava em nenhum dos seus mapas.
Ele voltou no sábado seguinte. E no outro. Comprava um café e ficava encostado na traseira de uma van, ouvindo. Nunca aplaudia muito alto, mas nunca perdia um single acorde.
Um dia, depois que a multidão se dissipou, Matt se aproximou dele. Seus olhos eram da cor do mar em um dia de céu nublado.
— Você sempre está aqui — disse ela, não como uma acusação, mas como uma observação curiosa. — Por quê?
Cal, o cartógrafo, o homem das palavras certas, ficou sem vocabulário. — Estou tentando… me localizar — ele admitiu, por fim.
Matt sorriu, um sorriso que fez algo em seu peito se deslocar, como uma placa tectônica. — E está funcionando?
— Não — ele disse, e o riso dela foi a melodia mais perfeita que ele já ouvira.
Ele a convidou para jantar. Em vez de um restaurante, ele a levou para seu apartamento e mostrou a ela seus mapas. Matt correu os dedos sobre as linhas, sobre os oceanos vazios.
— Está tudo errado — ela sussurrou.
Cal ficou confuso. — O quê?
— Os lugares mais importantes não têm nomes — ela explicou. — Eles têm sensações. Como o lugar aqui — ela tocou suavemente o peito dele, sobre o coração. — Esse lugar se chama ‘a primeira vez que te ouvi cantar’. E este — seus dedos subiram para seu pescoço — se chama ‘o silêncio antes do seu riso’.
Cal prendeu a respiraza. Ela não estava lendo seus mapas; ela estava desenhando um novo. Um mapa dele.




