Rhyheim Shabazz fucks Jake Lux (jakeluxxx)
O estúdio de **Jake Lux** — ou **jakeluxxx** para seus milhões de seguidores — era um templo de estética calculada. Luzes de anel, fundos neutros e um armário repleto de roupas de grife. Sua vida era uma performance contínua de beleza impecável, viagens luxuosas e uma felicidade perfeitamente editada. Cada postagem era um pixel em um mosaico de uma vida ideal. Por trás dos olhos azuis e do sorriso branco, no entanto, havia um vazio que nenhum like poderia preencher.
A galeria de **Rhyheim Shabazz** era o oposto completo. Um espaço cavernoso e industrial, com tijolos à vista e o cheiro constante de tinta a óleo e turpenina. Suas telas eram explosões de cor e textura, retratando a alma e a luta do bairro que o criou. Ele não pintava para agradar a algoritmos; ele pintava para respirar. Sua arte era barulhenta, visceral e profundamente real.
Seus mundos colidiram em um evento de arte patrocinado, onde a “influência” de Jake foi contratada para trazer brilho midiático. Enquanto Jake posava para fotos diante de uma escultura, seu olhar, treinado para encontrar o ângulo perfeito, travou em um homem do outro lado da sala.
Rhyheim estava de pé, imóvel, diante de uma tela abstrata, os punhos tingidos de tinta azul, um sobretudo velho jogado sobre os ombros. Ele não estava performando. Ele apenas *era*. E, para Jake, aquela autenticidade foi como um soco no estômago.
Fascinado, Jake se aproximou. “É poderosa”, ele comentou, sua voz de ‘influencer’ soando oca em seus próprios ouvidos.
Rhyheim virou-se, seus olhos escuros avaliando Jake sem cerimônia. “Ela dói. A boa arte sempre dói um pouco.” Seu olhar percorreu a figura perfeitamente produzida de Jake. “Você é a embalagem. Quem está dentro?”
A pergunta, direta e desprovida de artifício, deixou Jake sem ar. Ninguém falava com ele daquela maneira.
Contra todo protocolo, Jake voltou à galeria no dia seguinte, sem sua equipe, sem seu celular. Ele encontrou Rhyheim no mesmo lugar, misturando cores com uma intensidade furiosa. Dessa vez, Jake não disse nada. Apenas sentou em um banco de madeira e observou.




