Parker Nolan fucks Oliver Carter
O aroma de café e livros antigos era a essência da Livraria Coruja, o lugar onde Parker Nolan se escondia do mundo. Ele organizava meticulosamente as prateleiras de ficção científica, seu refúgio particular. Parker era um homem de rotinas, de silêncios confortáveis e sorrisos tímidos. Sua vida era previsível, e ele gostava disso.
Até que um sábado chuvoso, a campainha da porta tilintou de forma diferente.
Oliver Carter entrou como um furacão de caos e cor, encharcado da chuva que caía lá fora, mas com um sorriso que parecia capaz de desafiar o tempo nublado. Seus olhos claros percorreram a loja com uma curiosidade voraz.
“Desculpe o alvoroço”, disse Oliver, sua voz um tom mais alto e musical do que qualquer som que normalmente preenchesse a livraria. “Estou procurando por algo que me faça esquecer que afoguei meu celular e quase fui atropelado, tudo em menos de dez minutos.”
Parker, surpreso pela investida, conseguiu balbuciar. “Ficção científica pode ser uma boa fuga.”
Oliver olhou para as prateleiras que Parker acabara de arrumar e depois fitou Parker, com um interesse súbito. “Melhor ainda. Me mostre a sua favorita.”
E foi assim que começou. Oliver voltou no dia seguinte, e no outro, sempre com uma nova história de um pequeno desastre cotidiano e uma pergunta sobre livros. Parker, inicialmente atordoado, descobriu-se ansioso por aquelas visitas. Oliver trazia com ele uma luz que derretia as paredes que Parker construiu ao redor de si mesmo. Ele era um artista, um contador de histórias, um homem que via poesia no caos.
Oliver falava sobre as cores do outono como se fossem uma sinfonia, e Parker, pela primeira vez, realmente as via. Parker, por sua vez, mostrou a Oliver a quieta beleza da ordem, a poesia em uma xícara de chá perfeitamente preparada e o drama silencioso nas páginas de um bom livro.




