Luiz Felipe (lfelipeantunes) creams his mate again
A vida de Luiz Felipe era um arquivo de código aberto. Conhecido online como **lfelipeantunes**, ele era um desenvolvedor respeitado, cujo mundo girava em torno de lógica, bugs e soluções elegantes. Suas noites eram iluminadas pelo brilho azul do monitor, acompanhadas apenas pelo clique ritmado do seu teclado mecânico.
Ele era feliz assim. Ou, pelo menos, achava que era.
Um dia, um novo contribuidor apareceu no seu projeto principal. O username era **Elisa_Codes**. Ela não só resolveu um problema complexo que estava atormentando a equipe há semanas, como fez isso com um código tão limpo e bem-comentado que parecia poesia.
Luiz Felipe, ou lfelipeantunes, ficou intrigado. Iniciaram uma conversa técnica no pull request, que migrou para o chat do time, e depois evoluiu para mensagens privadas. Descobriram uma sintonia estranha. Ela entendia sua obsessão por encontrar a solução perfeita e compartilhava seu humor seco e geek.
As mensagens se tornaram a parte mais aguardada do seu dia. lfelipeantunes se pegava sorrindo sozinho para a tela, algo que seu código mais bem-sucedido nunca havia conseguido provocar.
“Elisa”, ele digitou uma noite, com o coração batendo mais forte do que quando um deploy dava errado. “Essas conversas são… incríveis. Que tal um café? Podemos finalmente discutir aquela arquitetura de microserviços pessoalmente.”
A resposta não veio imediatamente. Luiz Felipe sentiu um frio na barriga, o “medo do deploy” da vida real.
Finalmente, uma nova mensagem apareceu.
“lfelipeantunes”, ela começou. “Há uma coisa… Eu trabalho na cafeteria em frente ao seu prédio. A ‘Central do Grão’. Eu sirvo o seu café americano todas as manhãs há seis meses.”
Luiz Felipe congelou. Sua mente fez o merge imediatamente. A mulher de sorriso tranquilo e olhos que lembravam café fresco, que sempre escrevia “:)” no copo dele com a caneta. Ela.
No dia seguinte, ele entrou na cafeteria não no piloto automático, mas com o coração em modo de desenvolvimento totalmente novo. Ele caminhou até o balcão, e antes que ela pudesse pegar o copo para o americano de sempre, ele disse:
“Bom dia, Elisa. Eu sou o Luiz Felipe.”
O sorriso que ela deletou foi a compilação mais perfeita que ele já viu – sem bugs, sem erros, apenas pura e funcional. Era o começo de um novo projeto, o favorito da sua vida.




