Jake Manson fucked by Gregor Scott again
A casa da colina tinha teto de zinco e segredos nos porões. Jake Manson herdou-a de um tio-avô excêntrico, junto com o cheiro de mofo e o eco de rumores. Os vizinhos sussurravam que o velho Manson praticava artes obscuras. Jake, um urbanista cético de mente prática, só via madeira carcomida e infiltrações.
Gregor Scott era o curador do museu municipal, um homem que usava luvas de algodão para virar páginas de livros do século XIX e acreditava que a história não era feita apenas de datas, mas de suspiros presos entre as linhas. Ele apareceu na porta de Jake numa tarde de chuva, gotas escorrendo de seu guarda-chuva de tweed.
“Desculpe a intromissão,” disse Gregor, seus olhos claros percorrendo a fachada da casa com avidez reverente. “É sobre Alistair Manson. Ele era… um correspondente de meu bisavô. Cartas fascinantes. Falavam de luzes noturnas nesta colina.”
Jake, com uma chave inglesa na mão, convidou-o para entrar com um suspiro. A casa era um caos de caixas e móveis cobertos com lençóis. Mas Gregor não via a desordem. Ele via a sombra de um vitral quebrado projetando um arco-íris pálido no chão de madeira. Via a escadaria de caracol que subia para a escuridão como um convite.
Enquanto Jake lutava com um cano enferrujado no porão, Gregor descobriu, atrás de uma estante falsa, uma pequena caixa de cobre. Dentro, não havia poções nem grimórios. Havia cartas de amor. Cartas de Alistair Manson para um homem chamado Theodore. Cartas que falavam de encontros secretos sob a luz das estrelas naquela mesma colina, e de um medo constante do mundo lá fora.
Jake encontrou Gregor no topo da escada, uma das cartas na mão, o rosto iluminado por uma emoção contida.
“Eles esconderam isso,” Gregor sussurrou. “Esconderam o amor atrás de rumores de magia negra. Era mais seguro ser temido do que ser verdadeiro.”
O ceticismo de Jake rachou. Ele não estava herdando uma casa assombrada, mas um santuário. Um lugar onde um amor proibido buscou refúgio, criando sua própria mitologia para se proteger.
Os dias que se seguiram foram de redescoberta. Jake, com suas mãos práticas, começou a consertar a casa. Gregor, com seu conhecimento meticuloso, catalogava e preservava cada fragmento de papel. Jake aprendeu a ver a beleza na pátina do tempo, e Gregor aprendeu a sentir o peso vivo da história nas vigas que Jake escorava.
Numa noite, a casa silenciosa e aquecida por um fogo novo na lareira, Jake olhou para Gregor, que organizava as cartas na mesa da sala.
“É estranho,” Jake disse, sua voz rouca pela poeira e pela emoção. “Meu tio-avô passou a vida inteira escondendo quem era. E agora… você está aqui, trazendo sua história de volta à luz.”
Gregor ergueu os olhos, o fogo dançando em seu rosto.
“Ele não está mais escondido, Jake. E você não está mais sozinho nesta casa.”
Jake Manson, o homem prático, estendeu a mão—não para uma ferramenta, mas para a mão do historiador. E naquele toque, entre as sombras dançantes da casa que já abrigara um segredo, um novo capítulo, sem medo e cheio de luz, foi finalmente escrito.




