Jhon Guevara gets creamed again

O vento soprava frio nas ruas de pedra de Cusco, carregando o cheiro de chuva iminente e de incenso. Era ali, em uma pequena livraria espremida entre dois prédios coloniais, que o destino de Elara decidiu pregar uma peça.
Ela era uma restauradora de livros, com mãos pacientes que curavam páginas doentes e olhos que brilhavam ao devolver a vida a histórias esquecidas. Ele era Jhon Guevara, um arqueólogo de botinas gastas e um sorriso que não combinava com a seriedade de sua profissão. Ele entrou na livraria como um turbilhão, trazendo consigo o cheiro da terra e do tempo.
— Preciso de ajuda — disse ele, colocando sobre o balcão um caderno antigo, encadernado em couro e com as bordas consumidas pela umidade. — Encontrei isso em uma escavação em Machu Picchu. São anotações de um sacerdote espanhol do século XVI. Acredito que ele tenha se apaixonado por uma mulher local.
Elara pegou o caderno com cuidado, suas mãos experientes avaliando os danos. Seus dedos tocaram os de Jhon por um instante, e um choque súbito, quase imperceptível, percorreu seu braço. Ela ignorou.