FratX – Benji Jagger, Blake Rivers, Fernando Gutierrez, Justin Cross, Gabriel Maestro, Parker Montello – Str8t Dawg Hole

O estúdio de gravação era o reino de Benji Jagger, um produtor musical genial e recluso, cujo ouvido era temido e respeitado na indústria. Sua vida era uma sinfonia ordenada de bipes, equalizadores e ondas sonoras. Até que “Os Vícios”, uma banda em ascensão com um rock cru e letras afiadas, chegou para gravar seu primeiro álbum.
No comando da banda estava Blake Rivers, o vocalista. Blake era o caos personificado: cabelos desalinhados, tatuagens que contavam histórias de ruas e um sorriso que desafiava qualquer lógica. Sua voz, porém, era de outro mundo – áspera e suave, um paradoxo que hipnotizava. Benji odiou-o à primeira vista. Ou, pelo menos, foi o que disse a si mesmo.
Fernando Gutierrez, o baterista, era a alma estável do grupo, mantendo o ritmo com uma calma inabalável. Justin Cross, o baixista, era o intelectual quieto, cujas linhas de baixo eram complexas e pensativas. E Gabriel Maestro, o guitarrista, era um virtuoso, fazendo a guitarra chorar e gritar com uma emoção que deixava Benji em estado de choque.
As sessões eram uma guerra criativa. Benji buscava perfeição técnica; Blake, verdade emocional.
“Essa ponte está muito clichê, Benji! Precisamos de algo que doa”, Blake argumentava, seus olhos verdes fixos no produtor.
“O que dói, Blake, é a afinação nesse refrão”, Benji retornava, seco, ajustando os controles.
Parker Montello, o empresário da banda, era um espetáculo à parte. Chegava com ternos impecáveis e um charme que podia vender gelo no Ártico. Ele flertava abertamente com Gabriel, que, por sua vez, respondia com sorrisos enigmáticos e solos de guitarra ainda mais passionais.