Ben Bison and Lockie James fuck Oliver Hunt

O sol da manhã filtrou-se pelas folhas do carvalho centenário, iluminando Ben Bison onde ele estava encostado ao tronco. Seus olhos, normalmente cheios de uma tranquilidade bovina, estavam fixos na cerca de pedra que separava a sua propriedade da de Oliver Hunt. Ben era um homem da terra, forte e silencioso como um bisão, seus sentimentos tão profundos e bem guardados quanto as raízes da velha árvore.

Do outro lado da cerca, Oliver Hunt enxugava a testa com o braço, uma pausa em seu trabalho de restaurar a velha casa da família. Seu cabelo escuro estava embaraçado e havia uma lasca de tinta em sua bochecha. Ele era o oposto de Ben: movimentos rápidos, mente sempre a mil por hora, um furacão de ideias e projetos. Mas quando seus olhos se encontravam com os de Ben através das pedras soltas, uma calma estranha descia sobre ele.

E então, havia Lockie James.

Lockie era o cão de Oliver, um vira-lata com o pelo da cor do trigo maduro e o coração de um lobo domesticado. Todos os dias, como um relógio, Lockie aparecia no limite da propriedade de Ben, seu rabo abanando como um ponteiro giratório, convidando para uma aventura. E Ben, que nunca conseguia dizer não àqueles olhos castanhos e suplicantes, largava suas ferramentas e seguia o cão.

Era um ritual silencioso. Lockie levava Ben por caminhos que só ele conhecia, através de campos de alfazema e por riachos de água cristalina. E, invariavelmente, esses caminhos sempre os levavam de volta para Oliver. Às vezes, Oliver estava no celeiro, outras no jardim, mas sempre parava para acariciar as orelhas sedosas de Lockie e, então, erguer os olhos para Ben.

— Ele te adora — Oliver disse um dia, sua voz um fio de som no vento quente. — Nunca vi ele se apegar a alguém assim.

Ben apenas assentiu, suas mãos grandes e calejadas enterrando-se nos bolsos. As palavras eram difíceis para ele. Como explicar que seguir Lockie era a desculpa mais honesta que ele conseguira encontrar para se aproximar de Oliver? Como dizer que o coração dele batia mais rápido não pela caminhada, mas pela antecipação daquele momento, daquele breve encontro?

A verdade era que Lockie James não era apenas um cão. Ele era a ponte. Um mensageiro de quatro patas que carregava, sem saber, os fios de um afeto que seus dois donos eram muito tímidos ou muito presos às suas solidões para expressar.

O ápice veio num final de tarde, quando o céu estava pintado de laranja e roxo. Ben encontrou Oliver sentado nos degraus da varanda, com Lockie deitado a seus pés, dormindo. Havia uma expressão de cansaço e tristeza no rosto de Oliver.