MrDeepVoice – group fuck with Ginger Prince, Danny Kelly and Drew Kelly

O vento salgado do porto de Ballygarvan dançava com os cabelos ruivos de Ginger Prince, fazendo-os parecer uma chama contra o céu cinzento da Irlanda. Ele era um sonhador, um artista que pintava o mundo com cores que só ele enxergava, e que carregava no peito um segredo pesado como âncora: ele amava Drew Kelly.
Drew Kelly era como uma rocha – firme, confiável, o irmão mais velho que consertava tudo, desde o motor do barco do pai até o coração partido de qualquer um na vila. Seus olhos eram da cor do mar em um dia de tempestade, e Ginger passara a adolescência inteira tentando encontrar a cor exata para pintá-los, sem sucesso.
E então, havia Danny Kelly.
Danny era o oposto do irmão. Enquanto Drew era a terra firme, Danny era o vento. Brilhante, imprevisível, com um sorriso que poderia desafiar o sol mais forte da primavera. Ele era escritor, colecionando histórias como outros colecionam conchas, e sempre soube que Ginger era mais do que apenas o “ruivo quieto” do cais.
O segredo de Ginger não era apenas amar Drew. Era que, em algum lugar confuso e proibido de sua alma, ele também amava Danny. E pior: Danny sabia.
Tudo veio à tona em uma noite de outono, quando a chuva batia nas janelas do pub da família Kelly. Drew, com sua honestidade desajeitada, confessou a Ginger, entre um gole de cerveja e outro, que sentia o mesmo por ele. O coração de Ginger explodiu em mil fragmentos de esperança.
Mas Danny estava lá, observando de um canto, seu sorriso habitual substituído por uma seriedade profunda. Mais tarde, quando Ginger saiu para tomar ar, Danny o seguiu.
“Ele te ama de um jeito simples, Ginger,” disse Danny, a voz quase sussurrada sob o chuvisco. “Como se ama o mar ou o cheiro da maré. É um amor tranquilo.”
Ginger encarou-o, o coração batendo descompassado. “E você, Danny? Como você ama?”
Danny se aproximou, suas roupas já encharcadas. “Eu te amo como se ama uma tempestade. É assustador, é caótico, e pode arrancar você do chão. É um amor que exige coragem, não paz.”
As lágrimas se misturaram à chuva no rosto de Ginger. Ele estava dividido entre o porto seguro e o mar aberto, entre a devoção silenciosa e a paixão arrebatadora.
Os dias se arrastaram em um silêncio tenso. Drew planejava um futuro – a pequena casa perto do penhasco, os dois juntos. Danny escrevia poemas que nunca mostrava a ninguém, seus olhos buscando os de Ginger com uma pergunta dolorosa.
A decisão não veio como um raio, mas como o amanhecer – lenta e inevitável. Ginger percebeu que amava a solidez de Drew, mas *precisava* da tempestade de Danny. Amava a promessa de segurança, mas anseava pela aventura da incerteza.
Em uma manhã, ele foi até a cabana de Danny, onde o cheiro de sal e papel velho enchia o ar. Drew estava lá, os dois irmãos lado a lado, uma imagem de unidade que o coração de Ginger estava prestes a quebrar.
“Eu não posso escolher um,” Ginger disse, sua voz tremula mas firme. “Porque o meu coração não escolheu. Ele se expandiu. Eu amo a lealdade em você, Drew, e eu amo o fogo em você, Danny. E se isso for muito para vocês, eu entenderei.”
O silêncio que se seguiu foi o mais longo de sua vida. Drew olhou para o irmão, e pela primeira vez, Ginger viu não raiva, mas uma aceitação triste e profunda nos olhos de tempestade do homem que amava como um rochedo.
Foi Danny quem quebrou o silêncio, seu sorriso voltando, agora mais suave. “Nós Kellys,” ele disse, olhando para Drew, “sempre fomos um pacote. A terra e o vento. Talvez… talvez faça sentido que só juntos sejamos capazes de segurar uma chama.”
Drew respirou fundo, e então, um pequeno sorriso, resignado e amoroso, tocou seus lábios. Ele estendeu a mão para Ginger. “Não é o que eu imaginei. Mas é você. E você sempre veio com cores que eu não conseguia entender sozinho.”
Não foi fácil. Houve ciúmes, medos, e os sussurros da vila. Mas eles construíram um amor à sua própria imagem – complexo, honesto e resistente. Ginger finalmente pintou os olhos de Drew, capturando não apenas a tempestade, mas a calma que vem depois. E Danny escreveu sua história favorita, não sobre um príncipe ruivo, mas sobre dois irmãos e o homem que, de alguma forma, pertencia a ambos, formando um porto mais forte e um vento mais livre do que qualquer um poderia ser sozinho. No fim, eles descobriram que o amor, em suas formas mais raras, não divide: ele multiplica.