Jake Spencer and Vincent Grey fuck – Tight Bare Jock Hole Hammering

A chuva caía sobre Londres em cortinas prateadas, batendo contra os vitrais da livraria *The Grey Pages* como dedos ansiosos tocando um instrumento. Dentro, entre as pilhas de livros antigos e o cheiro de papel envelhecido, Jake Spencer arrumava uma prateleira de clássicos vitorianos.
Ele era a ordem no caos – um bibliotecário meticuloso que acreditava que cada livro tinha seu lugar exato, sua própria pequena constelação no universo da estante. Sua vida era um catálogo silencioso, um ritmo suave de páginas sendo viradas e chá sendo preparado às 16h em ponto.
A campainha da porta tilintou. Vincent Grey entrou, trazendo consigo o furacão. Seu casaco de couro pingava no tapete persa, suas botas deixavam marcas de lama no assoalho de carvalho. Cabelos escuros despenteados, olhos da cor de uma tempestade no mar, e nas mãos, trazia não um guarda-chuva, mas um caderno de esboços molhado.
“Preciso de um lugar para esperar a chuva passar”, Vincent disse, sua voz um baixo suave que fez as velhas vigas do teto parecerem ressoar.
Jake, que tinha um protocolo para tudo – incluindo clientes encharcados – simplesmente assentou. Ele deveria ter oferecido um pano, um aviso para ter cuidado com os livros. Em vez disso, ofereceu chá.
Enquanto Vincent secava perto do radiador, Jake descobriu que ele era um artista. Não o tipo polido de galeria, mas um ilustrador que capturava a alma das coisas quebradas – pássaros com asas rachadas, anjos de pedra com narizes lascados, pontes esquecidas sobre rios sujos.
Vincent voltou no dia seguinte. E no outro. Suas visitas se tornaram a interrupção mais aguardada do dia de Jake. Ele bagunçava as pilhas perfeitas, deixava manchas de café nas mesas, e questionava a ordem imutável da livraria.
“Por que Austen tem que ficar perto dos Brontë?” Vincent perguntou um dia, pegando *Orgulho e Preconceito* e colocando-o ao lado de um livro de poesia beatnik. “Talvez ela queira conversar com alguém novo.”
Jake, que sentia um frio na espinha só de pensar na Desordem, descobriu que não se importava. Vincent via histórias não como monumentos a serem preservados, mas como almas que precisavam se encontrar.
O amor chegou silenciosamente, como a poeira assentando em uma capa de livro esquecido. Era Jake aprendendo a desenhar, suas linhas hesitantes guiadas pela mão firme de Vincent. Era Vincent descobrindo a paz no ritual do chá das 16h.
Uma noite, enquanto fechavam a livraria, Vincent mostrou a Jake seu caderno mais recente. Lá, em traços ousados de nanquim, estava Jake – não o bibliotecário ordenado, mas um Jake com raízes brotando de seus sapatos, seus dedos se transformando em galhos que seguravam estrelas no lugar de livros. Era como Vincent o via: não um guardião de histórias, mas uma delas.
“Você bagunçou toda a minha sistema”, Jake sussurrou, sua voz embargada, os olhos fixos no desenho.
Vincent encostou a testa na dele. “Talvez alguns sistemas precisem ser bagunçados para encontrarem uma ordem melhor.”
E sob a luz fraca da livraria, entre as histórias de mil outros amores, eles escreveram a sua própria – uma onde a ordem e o caos não eram mais inimigos, mas duas páginas do mesmo livro, finalmente unidas.