
O rancho “Coração de Mogno” era um mundo à parte, onde o pôr do sol pintava de ouro as cercas de madeira e o cheiro de feno e liberdade enchia o ar. John Bronco, o proprietário, era um homem tão sólido e quieto quanto as amendoeiras que cercavam a propriedade. Seu mundo eram os animais, a terra e o silêncio.
Esse silêncio foi quebrado pela chegada de Filou, um francês esguio e tagarela enviado por uma agência de intercâmbio cultural. Ele usava lenços de seda, falava com as mãos e tropeçava em suas próprias botas novas. John, com paciência de rocha, tentou ensiná-lo a laçar um bezerro. Filou, em vez disso, laçou a si mesmo e depois a cerca.
O choque era diário. John acreditava em ações, não em palavras. Filou acreditava que um bom almoço e uma conversa podiam consertar qualquer coisa. Enquanto isso, os dois capatazes do rancho, Jake Daniel e Sean Costin, observavam a cena com divertimento. Jake era o cowboy clássico, forte e sereno, enquanto Sean, o peão mais novo, tinha um brilho malandro nos olhos e uma energia contagiante.