Vinni fucks Diego Platano (soyunplatano)

O algoritmo do destino às vezes se disfarça de algoritmo de um app de relacionamento. Foi assim que Vinni, uma ilustradora que vivia de café e prazos apertados, conheceu **@soyunplatano**.

Seu perfil era bizarro e intrigante: uma bio que dizia apenas “Maduro, mas ainda verde”, e fotos que eram sempre close-ups de objetos do cotidiano, visto de ângulos estranhos, com uma banana sorrateira em algum lugar da composição. Ele era Diego, um arquiteto que tinha na fotografia sua válvula de escape.

Vinni, cuja vida era uma busca pela imagem perfeita, foi cativada pela estranheza genuína daquele perfil. Ela enviou a primeira mensagem: “Se você é um platano, então eu sou uma vitamina. Precisamos nos encontrar.”

O primeiro encontro foi em uma feira livre. Diego chegou segurando uma banana nanica como se fosse um crachá. Ele era mais alto do que ela imaginava, com um sorriso fácil que fez seu estômago embrulhar. Ele não a levou a um café, mas a andar entre as barracas, apontando a beleza na arquitetura caótica dos toldos coloridos e na textura da casca de uma jaca.

“É tudo sobre perspectiva,” ele disse, tirando uma foto do reflexo dela em uma poça d’água no chão. “A beleza real está nos cantos que a maioria das pessoas ignora.”

Vinni, que passava horas aprimorando cada traço no tablet, sentiu que uma nova lente havia sido colocada sobre seus olhos. Diego não a fazia se sentir menos; ele a fazia ver mais.

Agora, o perfil @soyunplatano ainda posta suas fotos excêntricas, mas agora há um novo tema recorrente: um par de mãos manchadas de tinta segurando uma banana, ou os pés descalços de Vinni descansando sobre uma pilha de esboços, com uma casca de banana cuidadosamente posicionada ao lado.

Ela era sua vitamina, e ele, sua perspectiva mais doce.