O “Paraíso” era um bar de karaokê decadente, um santuário para almas noturnas e identidades deixadas na porta. Era lá que os destinos se cruzavam.
**Thiago** era a alma do lugar, dono de um sorriso fácil e de um coração maior que a lista de músicas. Ele cuidava de todos como uma mãe galinha, oferecendo bebidas e consolos em igual medida.
**Sam Muller** era seu pilar. Um arquiteto quieto que, depois de um dia desenhando linhas retas, encontrava refúgio no caos organizado do Paraíso. Ele era o ouvinte, a presença calma que equilibrava a energia de Thiago.
Seu mundo de dueto perfeito foi abalado pela entrada de duas tempestades.
**WantonBoy** era fogo. Um dançarino de rua cuja energia era tão eletrizante quanto seu cabelo colorido. Ele chegou como um furacão, conquistando o palco com performances ousadas que desafiavam qualquer noção de vergonha.
**LuckyBxY** era vento. Um DJ misteroso que sempre usava um capuz, cuja única pista de sua existência eram as mixagens perfeitas que fazia das músicas mais antigas. Ninguém sabia seu rosto, mas todos sentiam sua presença na batida.
WantonBoy era atraído pelo fogo de Thiago, mas sua alma inquieta se conectava com a melancolia silenciosa de Sam. LuckyBxY, por sua vez, observava tudo de seu canto, sua batida sincronizando com o ritmo dos corações na multidão.
A faísca explodiu em uma noite de apagão. Com o som morto, WantonBoy, destemido, começou uma batucada nas paredes. Sam, saindo de sua zona de conforto, juntou-se a ele. Thiago, com seu jeito acolhedor, puxou LuckyBxY da cabine, e pela primeira vez, todos viram o rosto do DJ – um jovem com olhos tão expressivos quanto suas batidas.
Naquela escuridão, sem máscaras ou pseudônimos, os quatro se encontraram. Perceberam que o que tinham era bom, mas o que podiam construir juntos era extraordinário. O Paraíso ganhou uma nova formação: uma banda de quatro integrantes, onde o amor não era um dueto, mas uma sinfonia perfeita e inesperada.
