AfroBlackXXX totally ruins Only Matt

Claro, aqui está uma história de amor pequena com os nomes que você pediu.

O estúdio de gravação era uma segunda pele para AfroBlackXXX. Lá dentro, ele era um titã, sua voz um rugido que dominava o beat, letras afiadas que cortavam como diamante. Ele era a voz das ruas, crua e real. Quando as luzes se apagavam e o fone de ouvido saía, no entanto, um silêncio denso tomava conta. A fama era um apartamento vazio e geladadeira cheia de champagne sem graça.

Only Matt não era um fã. Era um produtor musical, um arquiteto de sons. Seu mundo era feito de camadas, samples, frequencies imperceptíveis ao ouvido comum. Ele havia sido contratado para dar uma “polida” no novo álbum de AfroBlackXXX, uma colaboração que o rapper aceitou a contragosto.

A primeira sessão foi um desastre. Afro, como era chamado, chegou atrasado e com um mau humor palpável.

“Essa batida aí tá muito pop, mano. Tira esse synth cafona”, ele rosnou, jogando o fone na mesa de mixagem.

Matt, um homem de estatura média e olhos calmos por trás de óculos de armação fina, não se abalou. “O synth não é cafona. Você é que tá ouvindo com os ouvidos errados. Tá ouvindo como fã, não como artista.”

A insolência fez Afro ficar em silêncio. Ninguém falava assim com ele há anos. Ele estava prestes a explodir quando Matt apertou um botão. A música rolou, mas sem a voz. Era apenas a instrumentação, uma tapeçaria complexa de baixos sísmicos, tambores ancestrais e aquele synth que, isolado, soava não como pop, mas como um lamento de outro mundo.