Three arab gay men in gay Orgy – Rachid le bledar, Tahar, Tarek le Pilonneur
O Mercado da Várzea fervilhava sob o sol do meio-dia. O ar pesado carregava o cheiro de especiarias, carne grelhada e o suor de centenas de vidas se cruzando. No coração desse caos organizado, estava a barraca de Rachid le Bledar. Seus olhos, da cor de avelãs secas ao sol, não perdiam um detalhe. Ele era o rei não-coroado do mercado, o homem que sabia de tudo e de todos, cujo apelido, “o Abençoado”, era dito com uma mistura de respeito e cautela.
Do outro lado do mercado, no setor dos açougueiros, a sinfonia era diferente. Era o território de Tarek le Pilonneur, um homem de ombros largos e sorriso fácil, cujas mãos, fortes o suficiente para desmontar um boi com precisão brutal, eram igualmente hábeis para acariciar o lombo de um gato vadio. Seu apelido vinha da força inigualável com que manuseia o pilão de carne.
E entre eles, como um rio suave entre duas margens turbulentas, estava Tahar. Silencioso e metódico, Tahar era o ourives. Em sua pequena bancada sombria, ele transformava o ouro e a prata em filigranas delicadas, suas mãos firmes criando beleza onde os outros só viam metal.
Por anos, eles existiram numa dança de olhares roubados. Rachid observava Tarek, admirando sua força bruta e sua gentileza com os mais fracos. Tarek, por sua vez, perdia o fôlego com a concentração serena de Tahar. E Tahar, no silêncio de seu ofício, sentia o coração acelerar cada vez que os olhos perspicazes de Rachid pousavam sobre ele, como se o “Bledar” pudesse ver toda a verdade que ele escondia.
O verão chegou com um calor opressivo e uma tempestade que desabou sobre o mercado, transformando os corredores em riachos de lama. Rachid, fechando sua barraca às pressas, viu Tarek, ensopado, carregando uma caixa pesada de ferramentas para um vendedor idoso. O coração de Rachid deu um salto. Sem pensar, ele se aproximou, segurando seu guarda-chuva grande sobre a cabeça de Tarek.
“Um pilãoneur é inútil se pegar uma pneumonia,” disse Rachid, sua voz mais suave do que o habitual.
Tarek ergueu o rosto, a água escorrendo por seus cachos, e seu sorriso iluminou o dia cinzento. “Rachid le Bledar. Estava começando a achar que eu era invisível para você.”
Enquanto trocavam palavras tímidas sob o guarda-chuva, um relâmpago iluminou o mercado. Na luz branca e fantasmagórica, viram Tahar parado na entrada de seu ourives, observando-os com uma expressão indefinível. A coragem, ou talvez a umidade, subiu à cabeça de Rachid.
“Tahar!” ele chamou. “Sua bancada vai virar um aquário. Venha!”
Tahar hesitou por um momento, então, pegando uma pequena bolsa de ferramentas, correu sob a chuva até se juntar a eles sob o guarda-chuva. Os três ficaram apertados, o calor de seus corpos um contraste com o ar frio. O olhar de Tarek encontrou o de Tahar, e um sorriso understanding passou entre eles. O olhar de Rachid, sempre atento, captou a troca.
