Serving 2 horny brazilians – LuckyBxY, Matt Polaco, Sam Muller

O vento soprava frio na varanda do apartamento de Sam Muller, fazendo as luzes da cidade cintilarem como diamantes espalhados sobre um veludo negro. Ele ajustou os óculos e olhou para a tela do seu computador, onde uma linha de código teimosa se recusava a compilar. A vida como desenvolvedor de software era, muitas vezes, solitária.
Do outro lado do corredor, em um apartamento idêntico mas caoticamente decorado com latas de tinta spray e telas vazias, Matt Polaco debatia-se com um bloqueio criativo. Seu estúdio de arte era seu santuário e sua prisão. Ele ansiava por uma centelha, algo — ou alguém — que incendiasse sua imaginação novamente.
O destino, ou talvez o algoritmo de um aplicativo de entrega, escolheu uma noite de terça-feira comum para agir.
A campainha de Sam tocou. Ao abrir a porta, não viu ninguém. Apenas um saco de papel marrom no chão, com um logo de um restaurante japonês que ele não conhecia. Ele pegou o saco e leu o nome no pedido: “LuckyBxY – Apt 304”. Seu apartamento era o 306.
Movido por um impulso que não entendia, Sam pegou o pedido e caminhou os poucos metros até a porta 304. Bateu.
A porta abriu-se, revelando uma mulher de cabelos cor de mel desalinhados, vestindo um moletom manchado de tinta. Ela parecia exasperada.
“Finalmente! Estou morrendo de fome, eu…”, ela começou, mas parou ao ver o saco na mão de Sam e o rosto confuso dele. “Espere, você não é o motoboy.”
“LuckyBxY?” perguntou Sam, estendendo o pedido.
“Sim! Esse é o meu usuário em tudo. Desculpe, devo ter digitado o número do apartamento errado. Obrigada, você é um anjo.” Seu sorriso foi rápido e brilhante, iluminando o corredor sombrio melhor que qualquer lâmpada.
“Sem problemas. Eu sou Sam. Sam Muller.”
“Lucky. Mas… pode me chamar de Bia.”
Naquela noite, enquanto comia o yakisoba que era destinado a Bia, Sam não conseguia parar de pensar no sorriso dela. E Bia, pintando distraidamente em uma tela, encontrou-se misturando tons de azul que lembravam os olhos sérios por trás dos óculos de Sam.
Os encontros no corredor tornaram-se mais frequentes. Um “oi” rápido, um comentário sobre o clima, um pedido de ajuda para carregar as compras. A timidez de Sam era um contraponto perfeito à energia vibrante de Bia. Matt, que às vezes esbarrava neles, observava aquela dança tímida com um sorriso de canto. Ele, que capturava emoções em telas, via a história se desenrolando diante de seus olhos.