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David Webb and Ty Roderick – The New Property Chapter 1

O vento do outono dançava pelas ruas de Nova York, carregando folhas secas e o cheiro de chuva iminente. David Webb observava o mundo através da vitrine de sua livraria, um refúgio silencioso de madeira escura e estantes abarrotadas, cheirando a papel envelhecido e café fresco. Era uma extensão dele mesmo: organizado, previsível e tranquilo.

Foi naquela tarde cinzenta que Ty Roderick entrou como um furacão de caos involuntário.

A campainha da porta tilintou, e ele surgiu, encharcado, com o cabelo castanho escuro colado à testa e uma bolsa de mensageiro pendurada no ombro. Seus olhos, da cor do âmbar, percorreram a loja com uma curiosidade voraz.

“Desculpe pelo dilúvio”, disse Ty, sua voz um baixo agradável que ecoou na quietude. Ele sacudiu o casaco, salpicando acidentalmente alguns livros na mesa de entrada.

David, um homem de hábitos, sentiu um pequeno espasmo de irritação, seguido por algo inesperado: uma pontada de fascínio. “Sem problemas”, respondeu, aproximando-se com um pano de microfibra – sempre à mão. “Procurando algo específico?”

“Sim, na verdade. Preciso de um livro que me faça esquecer que meu apartamento está sendo dedetizado e que eu tenho uma data limite para um artigo sobre a história do jazz no Harlem.”

David não conseguiu conter um pequeno sorriso. “Um pedido bastante específico. Jazz no Harlem… eu posso ajudar com isso. E talvez com a fuga mental.” Ele levou Ty até uma seção no fundo da loja, suas mãos passando com familiaridade pelas lombadas.

Foi assim que começou. Ty voltou no dia seguinte, sob o pretexto de verificar uma citação. E depois novamente, para “explorar a seção de poesia”. David, que havia passado a vida inteira escondido atrás de páginas e rotinas, descobriu-se ansioso por aquelas visitas.

Ty era o oposto dele. Um jornalista freelance que vivia de histórias e cafés fortes, cuja vida era uma coleção de momentos imprevisíveis. Ele chegava com histórias de pessoas que conhecia, de lugares que viajava, e David, pela primeira vez, sentiu que a livraria não era apenas um refúgio, mas um palco pequeno demais para a vida que ansiava viver.

O amor não chegou como um raio, mas como o virar de uma página. Foi numa tarde de sábado, com a luz do entardecer dourando o pó que dançava no ar. Ty estava sentado no chão, lendo um trecho de um poema de Mary Oliver em voz alta para David, que organizava a caixa registradora.

“*Você precisa apenas deixar o animal macio do seu corpo amar o que ele ama.*”

O silêncio que se seguiu foi mais eloquente que qualquer palavra. David parou, suas mãos imóveis sobre as teclas do caixa. Ele olhou para Ty – para a curva de seu sorriso, para a intensidade tranquila em seus olhos – e sentiu uma verdade simples e avassaladora.

“Ty”, ele chamou, sua voz mais suave do que o habitual.

Ty ergueu o olhar do livro, e seu sorriso desbotou para uma expressão séria, percebendo a mudança no ar.

David caminhou até ele, seu coração batendo forte contra as costelas, como um pássaro preso. Ele se ajoelhou no chão, ao lado de Ty, ignorando o frio da madeira contra o joelho.

“Os últimos trinta e cinco dias”, David começou, suas palavras sussurradas, “foram os mais… coloridos da minha vida. Esta livraria sempre foi meu mundo inteiro. Agora, sinto que o mundo inteiro está sentado no meu chão, com a jaqueta molhada e manchando meus livros.”

Ty soltou uma risada baixa e suave, seus olhos brilhando. “David Webb, isso foi quase poético.”

“Estou sendo sério”, David insistiu, sua coragem crescendo. Ele estendeu a mão, hesitantemente, e tocou o rosto de Ty, sua pele áspera contra a suavidade da bochecha de Ty. “Acho que o animal macio do meu corpo te ama, Ty Roderick.”

Ty cobriu a mão de David com a sua, fechando os olhos por um segundo. Quando os abriu, a vulnerabilidade neles era desarmante. “E o animal barulhento e desastrado do meu corpo”, ele sussurrou, “te ama há cada um desses trinta e cinco dias, David Webb.”

O primeiro beijo não foi no chão da livraria, mas na varanda do apartamento de Ty, com as luzes da cidade cintilando abaixo deles como um tapete de estrelas caídas. Foi lento e profundo, uma promessa sussurrada entre o sussurro do vento e o distante ruído da cidade.

David aprendeu que o amor de Ty era como sua personalidade: desorganizado, às vezes impaciente, mas incrivelmente vivo. Ele trouxe cor, música e pilhas de jornais espalhadas pela impecável casa de David. E Ty, por sua vez, descobriu que o amor de David não era frio ou distante, mas constante e profundo, como as raízes de uma árvore antiga. Era uma xícara de chá esperando por ele depois de um dia longo, um ouvido paciente para suas ideias frenéticas, um porto seguro.

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