UberDick – Kazuto and Zen fuck – JapanBoyz

O vento outonal carregava folhas secas pela ponte de pedra que separava os dois mundos de Kazuto e Zen. De um lado, a cidade, com seus sons metálicos e pressa constante, era o reino de Kazuto, um ourives de mãos precisas e coração cauteloso. Do outro, o bosque, com seus aromas de terra molhada e musgo, era o domínio de Zen, uma artista botânica que encontrava poesia na forma de uma pétala caída.
Eles se encontravam no meio da ponte, todos os dias, ao pôr do sol. Era um ritual não combinado, mas inflexível. Kazuto levava uma pequena xícara de chá quente; Zen, uma flor ou uma folha incomum. Trocaram palavras breves no início, depois histórias, e por fim, silêncios que falavam mais do que qualquer palavra.
Kazuto, cujo mundo era feito de linhas retas e metais preciosos, aprendeu com Zen a ver a beleza nas curvas irregulares de um galho e na impermanência das coisas. Zen, que vivia entre a desordem generosa da natureza, viu no ourives uma constância que a aquietava. Ele era como a prata que trabalhava: forte, mas capaz de um brilho suave e profundo.
Um dia, Zen não apareceu.
O sol se pôs, as estrelas cintilaram e a ponte ficou vazia. Kazuto esperou até que o frio da pedra penetrou seus ossos. O medo, um sentimento que ele dominava com a mesma precisão com que cortava uma gema, soltou-se como uma fera dentro dele.
No dia seguinte, ele trancou sua oficina e atravessou a ponte pela primeira vez. O bosque era mais denso do que imaginava, mas cada trilha parecia levá-lo a Zen. Ele a encontrou em uma clareira, com o pé direito envolto em ataduras de folhas, tentando, em vão, alcançar uma fruta de uma árvore baixa.
“Eu caí,” disse ela, com uma vergonha que não lhe era característica. “A escada de galhos quebrou.”
Sem uma palavra, Kazuto colheu a fruta e a entregou a ela. Seus dedos, acostumados à frieza da prata, tocaram os dela, quentes da terra. E naquele toque, todo o cuidado, toda a paciência e todo o amor contido que ele guardava em segredo transbordaram.
“Eu pensei que você tinha ido embora,” sussurrou ele, sua voz rouca por uma emoção que não conseguia mais conter.
Zen olhou para ele, e em seus olhos verdes, Kazuto viu o reflexo de toda a constância que ele lhe oferecia. “Eu só consigo ir embora se for com você,” ela respondeu, sua mão envolvendo a dele.