Peter Hooke, Dex Devall, Alfonso Osnaya threeway – ASG Auditions Alfonso, Dex and Peter

O estúdio da ASG Auditions estava vazio e silencioso após um longo dia de testes. Cadeiras desalinhadas, copos de água pela metade e o eco da ansiedade ainda pairando no ar. **Alfonso**, o diretor de elenco, estava exausto. Seus olhos percorreram as anotações no seu tablet – centenas de rostos, vozes e promessas que se fundiam em um borrão.

Dois nomes, no entanto, se destacavam, circulados em vermelho e ligados por uma seta que ele mesmo desenhou inconscientemente.

**Peter** havia sido o primeiro. Chegou pontualmente, vestido com simplicidade, suas mãos levemente trêmulas. Sua leitura foi técnica, precisa, mas faltava… calor. Então, Alfonso pediu que ele lesse uma cena com um parceiro que não estava lá. Peter fechou os olhos por um segundo, e quando os abriu, toda a solidão e o anseio do personagem estavam ali, brutos e reais. Foi uma entrega pura e vulnerável.

Horas depois, entrou **Dex**. Era o oposto de Peter: energia cinética em forma de pessoa. Ele não apenas entrou no estúdio, ele o dominou com um sorriso fácil e uma confiança magnética. Sua leitura foi ousada, cheia de escolhas arriscadas. Mas quando Alfonso deu a ele o mesmo texto solitário que dera a Peter, algo estranho aconteceu. A bravata de Dex caiu. Sua voz suavizou, e ele olhou para um ponto no espaço vazio à sua frente com uma saudade tão palpável que Alfonso prendeu a respiração.

Era a mesma cena. O mesmo personagem. Mas enquanto Peter transmitiu uma solidão resignada, Dex transmitiu a memória vibrante de uma conexão perdida.

Agora, sozinho, Alfonso olhava para os dois registros lado a lado no seu monitor. A cena era um monólogo de alguém que amou e perdeu. Peter fez parecer que o personagem nunca conheceria o amor novamente. Dex fez parecer que ele daria tudo para tê-lo de volta.

E então, a ideia surgiu. Não uma, mas duas. Uma faísca perigosa e criativa.

Ele pegou seu celular e fez duas ligações.

Para Peter, sua voz era calma e convidativa: “Peter, é Alfonso, da ASG. Sua leitura foi incrivelmente comovente. Gostaria que você voltasse amanhã. Teremos um parceiro de cena para um teste de química.”

Para Dex, o tom era mais desafiador: “Dex, é o Alfonso. Você tem talento de sobra, mas quero ver se consegue sustentar isso com alguém. Teste de química, amanhã, dez horas. Não se atrase.”

No dia seguinte, o estúdio estava mais vazio ainda, apenas Alfonso, sua câmera e a luz crua dos holofotes. Peter chegou primeiro, quieto, absorvendo o ambiente. Dex entrou um minuto depois, com um café em cada mão. Ele parou ao ver Peter, seus olhos estreitaram por uma fração de segundo, não com hostilidade, mas com reconhecimento. Ele estendeu um dos cafés para Peter.

“Pensei que poderia precisar,” Dex disse, sua voz um pouco mais suave do que no dia anterior.