Angel Elias fucks Fernando Paradise – Latino Lust

O velho estúdio de dança “Paraíso” cheirava a cera, suor e sonhos desbotados. **Fernando Paradise**, neto do fundador, dava aulas de valsa e tango para turmas de aposentados. Ele movia-se com uma graça triste, como se carregasse o peso da glória passada da família em seus ombros elegantes.
Uma noite, o som de uma bateria eletrônica e um baixo distorcido começaram a vazar do porão abandonado. Era um ritmo agressivo, caótico, uma batida de coração urbano que fazia as molduras dos retratos de dançarinos antigos tremerem.
Fernando desceu, pronto a repreender o intruso. O que ele viu o deixou sem fio.
Sob uma lâmpada pendente, envolto em névoa de sua própria respiração, estava **Angel Elias**. Seu corpo era uma tempestade de movimento, uma coreografia de ruas e revolta. Seus passos não eram graciosos; eram uma declaração. Cabelos escuros voavam, e seus tornozelos, envoltos em ataduras gastas, batiam no chão de concreto com um propósito feroz.
Era a antítese de tudo que Fernando representava. E era a coisa mais linda que ele já tinha visto.
Ele não disse nada. Apenas observou, escondido nas sombras.
No dia seguinte, Angel apareceu na porta do estúdio. “Ouvi dizer que você aluga o espaço à noite,” disse ele, as mãos enfiadas nos bolsos de um casaco surrado.
Fernando, com o coração batendo no ritmo da bateria que ele ainda ouvia em sua cabeça, apenas assentiu.
Angel começou a usar o porão todas as noites. Fernando inventava desculpas para ficar até tarde, arrumando partituras, ajustando o espelho. Ele observava Angel dançar, sua arte crua e sem perdão. E Angel, por sua vez, começou a notar o homem quieto no andar de cima, cujos movimentos eram um rio suave para sua própria cachoeira.
Uma noite, a música de Angel parrou. Fernando desceu e o encontrou sentado no chão, a cabeça entre os joelhos, exausto.
“É muito,” Angel sussurrou. “É muita raiva, muita coisa dentro de mim.”
Fernando se aproximou, estendeu a mão. “Me mostre.”
E ali, no porão frio, aconteceu a colisão dos mundos. Fernando colocou um tango antigo no velho toca-discos. E começou a guiar Angel. Ele suavizou seus movimentos bruscos, canalizou sua fúria em paixão. Angel, por sua vez, ensinou a Fernando a soltar seus quadris, a quebrar a postura perfeita, a sentir a música nas entranhas e não só nos pés.
Eles não se falavam muito. Falavam através do toque, do olhar, do suspiro rouco de Angel quando Fernando o levava em uma curva fechada, do sorriso lento de Fernando quando Angel acrescentava um passo imprevisto e selvagem ao ritmo clássico.
O estúdio “Paraíso” ganhou uma nova vida. Durante o dia, era valsa e nostalgia. À noite, era o som de duas almas dançando no limiar entre a tradição e a revolução, encontrando, no corpo um do outro, o paraíso que seus nomes prometiam. Um paraíso que não era perfeição, mas a beleza selvagem e inesperada da combinação de dois ritmos opostos em uma única música.