Simon Best and David Vazelino fuck bareback

A luz do final da tarde banhava a galeria de arte em um dourado suave, iluminando as telas que Simon Best havia disposto com cuidado meticuloso. Cada quadro era uma explosão de cor e emoção crua, uma parte de sua alma pendurada na parede para que todos vissem. Simon, de smoking impecável, sorria para os convidados, mas seus olhos procuravam ansiosamente apenas um par de olhos.
David Vazelino chegou tarde, como sempre. Não com a arrogância de quem se acha importante, mas com a distração de uma mente que vivia em mil lugares ao mesmo tempo. Ele era um fotógrafo de moda, um caçador de beleza efêmera, e seu mundo era de flashes rápidos e poses estudadas. A arte de Simon era o oposto: eterna, confessional, estática.
Eles se conheceram em um ensaio fotográfico meses antes. David estava fotografando uma modelo contra um muro grafitado quando Simon, dono do muro, apareceu para reclamar. A discussão inicial sobre propriedade e arte de rua se transformou em um debate acalorado sobre a natureza da criação, que por sua vez se dissolveu em um café que durou três horas.
Agora, na vernissage de Simon, David se moveu pela multidão até encontrar o anfitrião. Seus olhos, sempre atrás de uma lente imaginária, pararam.
“É ainda mais poderosa na parede”, David disse, baixinho, seu sotaque carregando uma doçura que contrastava com sua imagem de *bad boy* da fotografia. “Parece… corajoso.”
Simon sentiu uma pontada de alívio. De todas as críticas e elogios sofisticados que ouvira naquela noite, eram as poucas palavras de David que importavam.
“Coragem é fácil quando você não sabe o que mais fazer”, sussurrou Simon.
O amor entre eles era uma composição de contrastes. David, inquieto, ensinou Simon a ver beleza no caos do cotidiano – na poça de água refletindo um céu cinza, no mercado lotado, no desalinho de um apartamento depois de uma festa. Simon, por sua vez, mostrou a David a profundidade que existe quando você para e realmente *olha* para algo, quando permite que a imagem se queime em sua retina em vez de apenas capturá-la e seguir em frente.
Era o equilíbrio entre o homem que criava beleza para durar (Simon) e o homem que a caçava no instante (David).
A noite terminou, a galeria esvaziou. Ficaram os dois entre as telas, o cheiro de vinho e tinta a óleo no ar. David pegou sua câmera, não para fotografar a arte, mas para fotografar o artista. O flash iluminou o rosto cansado mas feliz de Simon.
“Você não precisa disso”, Simon riu, encobrindo os olhos. “Já tenho fotos demais no meu arquivo.”
“Essa não é para o arquivo”, David respondeu, baixando a câmera. “É só para mim.”
Ele se aproximou, e o beijo foi como suas artes: uma mistura do planejado e do espontâneo, da coragem e da vulnerabilidade. Dois homens, um que congelava a beleza em telas e outro que a capturava em frações de segundo, descobriram um no outro um tipo de eternidade que nenhum deles sabia que estava procurando. E naquela galeria silenciosa, cercados pelas provas de suas paixões, eles encontraram uma nova obra-prima – uma que não precisava ser pendurada em nenhuma parede para ser vista.