Julian and Jason fuck on the sofa

**O Colecionador de Silêncios e o Mestre dos Quebra-Cabeças**
Julian era um escritor que colecionava silêncios. Ele preferia o som das páginas sendo viradas ao barulho do mundo. Sua vida era meticulosamente organizada em parágrafos e finais de capítulo, e sua solidão era uma companheira quieta e confiável.
Jason era um quebra-cabeças humano. Chegou ao apartamento ao lado em um sábado barulhento, trazendo caixas, risadas altas e o som constante de música indie. Era ilustrador freelancer, e seu mundo era uma explosão de cores, pincéis e caos criativo.
O primeiro encontro foi sobre um pacote de encomendas trocado. O segundo, sobre um convite mal-entendido para uma festa. O terceiro, sobre o cheiro de brownies que Jason queimou e levou até a porta de Julian como um pedido de desculpas (e uma desculpa para conversar).
Julian, que tinha o coração guardado atrás de frases complexas e metáforas, se viu desarmado pela simplicidade de Jason. Jason, que pintava emoções vibrantes, ficou fascinado pelas nuances sutis e pelos silêncios eloquentes de Julian.
Eles eram opostos que se encaixavam. Jason trouxe cor para a paleta monocromática de Julian, arrastando-o para exposições de arte e picnics no parque. Julian, por sua vez, ofereceu a Jason a beleza da quietude, ensinando-o o prazer de uma xícara de chá em silêncio na varanda ao entardecer.
Uma noite, durante uma tempestade que deixou o prédio sem energia, eles se sentaram no chão da sala de Jason, iluminados por velas. Jason montava um quebra-cabeça complexo de um céu estrelado. Julian observava suas mãos, hábeis e pacientes, encontrando o lugar certo para cada peça.
“É assim que me sinto com você”, Julian disse, sua voz um sussurro no crepitar das velas. Jason parou, uma peça azul escuro entre os dedos. “Como?”
“Como se eu fosse uma peça solitária que passou a vida toda procurando pelo seu lugar. E então você chegou, e de repente, tudo se encaixou.”
Jason colocou a peça no lugar, completando uma constelação. Ele então pegou a mão de Julian, seu toque firme e quente.
“O quebra-cabeça não está completo sem a última peça”, Jason disse, seu sorriso iluminando o rosto mais que qualquer vela. “E você, Julian, é minha peça final.”
E na penumbra, com a chuva batendo na janela, os dois se encontraram em um beijo que não era sobre paixão cega, mas sobre a calma e profunda certeza de ter encontrado, finalmente, o lar.