Diego Barros (dibarros1) fucks another guy at the gym

Diego Barros era um homem de silêncios. Trabalhava com madeira, transformando toras brutas em móveis que contavam histórias. Sua oficina era seu santuário, um lugar onde o único som era o zumbido da serra e o ruído suave da lixa deslizando sobre os veios da cerejeira ou do carvalho.
Ele não era rude, apenas reservado. As pessoas da pequena cidade diziam que ele tinha o coração tão trabalhado quanto a madeira que moldava — cheio de camadas, texturas e histórias guardadas a sete chaves.
Até que Elara chegou.
Ela abriu uma pequena livraria na esquina da praça, enchendo o ar antes quieto com o cheiro de papel novo e o som de jazz suave. Ela era o oposto de Diego: falava com as plantas, cumprimentava os desconhecidos e usava vestidos que pareciam feitos de primavera, mesmo no inverno.
Um dia, ela entrou na oficina de Diego, trazendo consigo uma brisa de agitação.
“Preciso de uma estante,” ela anunciou, seus olhos escaneando as prateleiras cheias de projetos inacabados. “Algo especial. Para livros de poesia.”
Diego apenas assentiu, os olhos fixos no esboço que fazia.
“Ela precisa ter alma,” Elara continuou, ignorando seu silêncio. “Precisa ser forte o suficiente para sustentar versos, mas delicada o suficiente para não ofuscá-los.”
Essas palavras ficaram com Diego. Elas ecoaram em sua mente enquanto ele escolhia a madeira — um nogueira escura, com veios suaves que lembravam rios em um mapa. Enquanto trabalhava, ele não pensava apenas em medidas e encaixes. Pensava em quais poemas aquela estante iria abrigar.
Quando a peça ficou pronta, era mais do que um móvel. Era uma obra de arte. Os pés eram curvos e graciosos, as prateleiras tinham uma leve curvatura para cima, como os cantos de um sorriso. Ele havia entalhado, quase imperceptivelmente, linhas que se entrelaçavam no topo, reminiscentes de palavras entrelaçadas em uma página.
Elara ficou sem fala quando viu. Seus olhos se encheram de lágrimas que ela não tentou esconder.
“Ninguém nunca tinha ouvido minhas palavras dessa forma,” ela sussurrou, passando os dedos sobre a madeira polida.
Diego, pela primeira vez em anos, sentiu a necessidade de quebrar seu próprio silêncio.
“A madeira…” ele começou, sua voz áspera por falta de uso. “Ela me contou como queria ser.”
Elara olhou para ele, e em seu olhar ele não viu piedade ou estranheza, mas um entendimento profundo.
A partir daquele dia, a oficina de Diego ganhou um novo som: o leve virar de páginas. Elara vinha visitá-lo, sentando-se em um banco improvisado, lendo em voz alta trechos dos livros que iriam para a nova estante. Ele trabalhava, ouvindo a melodia de sua voz entrelaçar-se com o som de suas ferramentas.
Ele aprendeu que o amor, como trabalhar a madeira, não era sobre preencher o silêncio com barulho. Era sobre encontrar a melodia certa que se harmonizasse com ele. E para Diego Barros, o som do amor era o suave sussurro de uma página sendo virada, acompanhado pelo silêncio compreensivo de alguém que finalmente entendia a música de sua alma quieta.