Oliver Marks and Carter Collins fuck – We Can’t Both Use It CAN We!

O mundo de Oliver Marks era feito de silêncios e sombras, até que Carter Collins chegou, trazendo o barulho com ele.
Não foi um rompante, mas uma infiltração. Carter era o novo bibliotecário, e seu riso baixo ecoava entre as estantes do setor de história da arte que Oliver tanto amava. Oliver, com seus suéteres de lã e seu jeito contido, observava aquele furacão de gentileza de longe, achando que eram feitos de mundos diferentes.
O primeiro contato foi sobre um livro esquecido: uma rara edição de Dante com anotações nas margens. Carter encontrou-o na mesa de Oliver, seus dedos tocando a capa de couro com uma reverência que surpreendeu o coração do colega mais reservado.
“É o paraíso,” Oliver disse, sem levantar os olhos.
“Ou o inferno, dependendo das anotações,” Carter respondeu, um sorriso na voz.
Dali em diante, foi uma sucessão de pequenos nadas que se somaram em tudo. Encontros breves no corredor, xícaras de chá deixadas em cima da mesa um do outro, debates silenciosos sobre mitologia travados em post-its coloridos. Oliver desenhava pequenos rabiscos nos bilhetes; Carter respondia com trocadilhos terríveis que faziam Oliver conter o riso.
O amor deles não foi declarado sob o estrondo de fogos de artifício, mas no sussurro da biblioteca vazia, à luz do fim da tarde. Carter inclinou-se sobre o balcão onde Oliver organizava uns cartões.
“Estou pensando em reorganizar toda a seção de ficção,” disse Carter, sério.
Oliver franziu a testa. “Por quê? Está perfeitamente organizada.”
“Por ordem de quão felizes me fazem. E todos os livros que me lembram você teriam que ficar na primeira prateleira.”
Oliver olhou para ele, o mundo exterior desaparecendo. O silêncio que sempre o acompanhara não era mais vazio; estava cheio de uma possibilidade nova e assustadora.
“Esse é o trocadilho mais ridículo que você já fez,” sussurrou Oliver, mas sua mão encontrou a de Carter sobre o balcão de carvalho, e seus dedos se entrelaçaram.
Carter sorriu, um sorriso que chegava aos olhos. “Funcionou, não funcionou?”
E funcionou. Porque no toque daquela mão, Oliver não encontrou o barulho que temia, mas uma melodia, uma que ele finalmente reconheceu como a trilha sonora de seu próprio coração, aprendendo, depois de tanto tempo, a cantar.