Cuban DY, Milton Escudero, Sexy Vigo – El Amigo Mas Caliente De Mi Novio
O céu sobre Havana se estendia como um manto cor de púrpura quando Cuban DY fechou a porta do último clube da noite. O ar quente carregava o cheiro do mar e o eco distante de uma melodia de salsa. Ele era um homem de poucas palavras, seus olhos sábios guardavam histórias que suas mãos calejadas, acostumadas a consertar motores de carros antigos, nunca contariam. Sua vida era um ritmo constante e solitário, como o vai e vem das ondas no Malecón.
Foi em uma dessas noites tranquilas que ele a viu. Sexy Vigo não era um furacão; era a brisa suave que precede a tempestade, mudando tudo sem fazer alarde. Ela chegou à cidade com um vestido vermelho que desafiava a penumbra da rua e um sorriso que fazia o próprio ar parecer parar. Trabalhava no pequeno museu da cidade, restaurando documentos históricos com uma paciência infinita que contrastava com a energia vital que irradiava.
Cuban DY, que só sabia falar de pistões e óleo, encontrou-se procurando palavras ao vê-la passar. Ele começou a frequentar o museu, fingindo interesse em velhas cartas de navegação, apenas para observar seu jeito delicado de manusear o papel frágil.
Foi então que Milton Escudero entrou em cena. Milton não era um homem comum; era uma instituição. Dono de uma livraria mofada e autoproclamado cronista dos corações alheios, ele via os fios invisíveis que o destino tecia. Percebeu o olhar perdido de DY nas vitrines do museu e o rubor disfarçado de Sexy Vigo quando o via entrar.
Uma tarde, Milton interceptou DY em frente à sua oficina.
—DY, meu amigo — disse ele, ajustando seus óculos redondos —, um coração não é um motor de Chevrolet 59. Você não pode ficar só olhando e esperar que ele funcione. Tem que dar a partida.
DY franziu a testa. — E como se faz isso, Milton?
— Com poesia, querido rapaz! Com palavras! — exclamou Milton, batendo no ombro do amigo. — E, por uma feliz coincidência, eu sou um especialista.
Foi assim que Milton Escudero tornou-se o cúmplice não oficial do romance. Ele ditava cartas, DY transcrevia com sua letra torta, e Sexy Vigo começou a receber versos que falavam de ondas batendo com saudade e de motores que rugiam apenas ao pensar nela. Ela, por sua vez, respondia com bilhetes deixados no balcão da livraria de Milton, bilhetes que cheiravam a jasmim e falavam de histórias passadas que ganhavam novo significado.
