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Archi Gold fucks David Muller

Archi Gold odiava a chuva. Não pelo caos que fazia em seus cabelos ruivos, sempre cuidadosamente desarrumados, mas porque a chuva significava se abrigar sob marquises lotadas e ouvir o som irritante de gotas batendo no guarda-chuva. Foi em um desses dias cinzentos, no entanto, que ela viu David Muller pela primeira vez.

Ele não se abrigava. Caminhava com uma calma infuriante sob o aguaceiro, sem casaco, com um caderno de esboços protegido (inutilmente) sob o braço. A água encharcava sua camisa branca e escorria por seus cabelos castanhos escuros, mas ele tinha um pequeno sorriso nos lábios, como se estivesse compartilhando um segredo com o temporal.

Archi, presa sob a marquise de uma livraria, não conseguia desviar o olhar. Havia uma solidão tranquila nele que ecoava a dela, mas expressa de maneira tão diferente. Ela, com seus trancos e sua arte barulhenta de grafite que coloria os muros da cidade; ele, com uma serenidade que parecia desafiar o próprio caos.

Ele parou bem em frente a ela, pingando na calçada, e seus olhos – de um azul que lembrava o céu depois da tempestade – encontraram os dela.

“Você vai deixar seu caderno derreter,” ela disse, a voz mais áspera do que pretendia.

David olhou para o caderno encharcado como se o visse pela primeira vez. “Ah. É. Acho que sim.” Seu sotaque carregava uma suavidade estrangeira, algo que Archi não conseguiu identificar.

Sem pensar, ela estendeu seu guarda-chuva preto, grande o suficiente para dois. “Entre. Antes que você e seu Shakespeare se dissolvam.”

Ele sorriu, então, um sorriso largo e genuíno que fez algo estranho acontecer no peito de Archi. “É Rilke, na verdade,” ele corrigiu gentilmente, entrando no espaço seco sob o guarda-chuva.

Aquele se tornou o seu ritual. Toda quarta-feira, ele aparecia na mesma livraria, ela “casualmente” passava com seu guarda-chuva. Caminhavam em direção ao estúdio dela, e ele falava de poesia e arquitetura (era um arquiteto alemão de passagem pela cidade), enquanto ela falava de cores, sombras e a revolução silenciosa da arte de rua.

David era ordem, linhas retas e planejamento. Archi era caos, cores vibrantes e impulso. Ele a levou para ver edifícios centenários, apontando a beleza na simetria e na resistência. Ela o levou para becos escuros, mostrando a beleza na rebeldia e na efemeridade.

Ele a chamava de “meu furacão dourado”. Ela o chamava de “meu farol teimoso”.

O amor não foi um furacão, nem um farol fixo. Foi algo mais profundo, mais quieto. Foi a maneira como ele trazia café para ela quando ela trabalhava até tarde, colocando a xícara ao lado sem dizer uma palavra. Foi a maneira como ela desenhou um pequeno girassol – a flor que ele mais amava – na contracapa de seu novo caderno de esboços.

Uma noite, no estúdio de Archi, com as telas respingadas de tinta testemunhando sua paixão, David a fitou sério. “Meu visto expira em duas semanas,” ele disse, sua voz um sussurro áspero.

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