Dan Gut, Talex Madriz, Fran Gitano have a threesome – Room Service Did You Order a Big Dick With a Side of Cum

O vento soprava frio nas ruas de pedra de Valência, mas dentro do “El Rincón del Tiempo”, a atmosfera era quente e envolvente. O dono do bar, Dan Gut, polia um copo com um pano, seu rosto sábio marcado pelas histórias que ouvira e pelas que viveu. Seus olhos, no entanto, buscavam sempre a mesma pessoa nos intervalos entre um cliente e outro: Talex Madriz.
Talex era o oposto de Dan. Enquanto Dan era raiz, terra firme, Talex era vento e fogo. Um artista de rua que pintava com cores explosivas murais que contavam de mundos distantes e sonhos vertiginosos. Ele entrava no bar como um furacão, trazendo o cheiro da noite e das tintas a óleo, e o coração de Dan, quieto e constante, acelerava como um tambor.
— Um vinho tinto, Dan. Algo que aquente a alma — pedia Talex, seus dedos manchados de azul e amarelo repousando sobre o balcão de madeira desgastada.
Dan servia a bebida, seus dedos encontrando os de Talex por um segundo. Um toque elétrico, um silêncio que dizia mais que mil palavras. Eles eram um segredo à vista de todos. A atração tranquila do anfitrião e a paixão turbulenta do artista. Um equilíbrio perfeito.
Até que Fran Gitano chegou.
Fran não era de Valência. Ele era um nômade, um contador de histórias com um acordeão e olhos que prometiam aventuras em terras onde o sol se punha em cores que nem Talex poderia imaginar. Fran trouxe consigo o cheiro do mar e de estradas empoiradas. E quando ele começava a tocar, toda a alma errante de Talex se agitava, sentindo-se chamada.
Dan observou, impotente, o fascínio que Fran exercia sobre Talex. Viu os olhos do artista, que antes brilhavam para ele, agora seguirem o Gitano com uma centelha de anseio e curiosidade perigosa. As noites no bar mudaram. Talex já não falava apenas de suas pinturas, mas das histórias de Fran, dos lugares distantes, do desejo de partir.
— Ele me faz sentir vivo de uma maneira diferente, Dan — confessou Talex uma noite, seus olhos evitando os do homem que o amava em silêncio.
Dan apenas assentiu, a dor em seu peito uma pedra fria. Ele sabia que não podia competir com o chamado do horizonte. Ele era a âncora, e Talex precisava ser a vela.
A tensão chegou ao auge numa noite de lua cheia. Fran anunciou que partiria ao amanhecer, rumo ao sul. E, num impulso alimentado pelo medo de perder Talex para o mundo, Dan fez algo que nunca imaginara.
— Fique — a palavra saiu áspera, carregada de uma emoção crua. — Fique comigo.
Talex olhou para ele, surpreso. Fran, de longe, observou a cena com um sorriso triste, entendendo a dinâmica muito antes deles.
A confusão se instalou. Talex, dividido entre o amor seguro por Dan e a atração magnética pela liberdade que Fran representava, sentiu-se rasgado. Discutiram. Palavras duras foram ditas, feridas abertas.
No fim, Fran partiu sozinho, como sempre fizera. Deixou para trás um silêncio pesado no bar.
Os dias seguintes foram gelados. Talex não apareceu. Dan afundou-se na solidão, acreditando ter perdido tudo ao tentar agarrar com muita força.
Foi então que, uma semana depois, a porta do “El Rincón del Tiempo” se abriu. Talex entrou, mais quieto, seus olhos sem a fúria habitual, mas com uma profundidade nova. Nas mãos, trazia uma pequena tela.
— Pintei isto para você — disse, sua voz um sussurro.
Era um retrato do bar. Lá estava Dan, atrás do balcão, com seus olhos gentis. E refletido no espelho atrás dele, como parte integrante daquele lugar, estava o rosto de Talex. Não como um visitante, mas como parte da fundação. A âncora e a vela num só.
— Percebi que a maior aventura não é necessariamente ir para longe — Talex explicou, seus dedos encontrando os de Dan sobre o balcão, desta vez para ficar. — É encontrar um porto seguro e, a partir dali, criar um mundo inteiro de cores. Eu não quero o horizonte, Dan. Eu quero o nosso horizonte.
Dan não disse nada. Não precisava. O toque das mãos, o quadro, e o amor que preenchia o silêncio eram a única história que precisava ser contada. O Gitano havia partido, mas o feitiço do amor verdadeiro, aquele que entende e aceita a natureza do outro, havia permanecido. E naquele bar, entre o cheiro de vinho e madeira encerada, Dan e Talex começaram a pintar a sua própria jornada, juntos.