Drake Von fucks Finn August

O céu sobre a cidade tinha a cor de uma pérola cinzenta quando Drake Von encontrou Finn August pela primeira vez. Foi na ponte velha de ferro, onde Drake parava todas as tardes para tentar capturar a luz fugidia do entardecer em sua tela. Naquele dia, porém, a luz teimava em não vir, e a frustração era uma tinta grossa em seus dedos.

Finn não estava pintando a paisagem; ele *era* a paisagem. Sentado no parapeito, com um violão desgastado ao colo, ele dedilhava acordes melancólicos que se entrelaçavam com o nevoeiro que subia do rio. A música não era alegre, nem triste. Era um suspiro longo, algo que falava de lugares distantes e solidão compartilhada.

Drake, acostumado à quietude de seu próprio mundo, sentiu a intrusão daquela melodia como um choque. Não era desagradável. Era como encontrar uma cor que ele sempre soube que existia, mas nunca conseguira misturar.

Sem planejar, ele abriu sua caixa de tintas e começou a pintar. Não a ponte, nem o rio, mas a silhueta curvada sobre o violão. Pintou a linha dos ombros de Finn, a curva de seu pescoço inclinado, a intensidade concentrada em suas mãos. Pintou a música.